A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou nesta quarta-feira (31) pedido do presidente do PSDB/DF, deputado federal Izalci Lucas, para realizar audiência pública destinada a debater a questão que envolve empresários da JBS como suspeitos de operar no mercado financeiro para lucrar com os efeitos da delação premiada. O requerimento foi subscrito pelo deputado Felipe Bornier (PROS-RJ).
Segundo o tucano, com informação privilegiada de que a gravação de conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer viria à tona na mídia, os empresários puderam reagir mediante previsão dos impactos da Operação Lava Jato na cotação do dólar e na bolsa de valores.
De acordo com a Coluna do Broad, do Estadão, o ganho da JBS com a compra de dólares no dia anterior ao escândalo foi mais que suficiente quitar a multa fechada no âmbito do acordo de leniência. Se a cifra foi de US$ 750 milhões – e há quem diga que chegou a US$ 1 bilhão somente no dia que veio à tona -, o resultado foi de US$ 170 milhões, considerando a alta da moeda americana no dia seguinte. A cotação da moeda disparou 8,15%, na maior alta diária em 18 meses.
Foram convidados para comparecer à audiência o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn; o ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Scherman; o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Leonardo Porciúncula Gomes Pereira; os proprietários do Grupo JBS, Wesley Batista e Joesley Batista; o diretor Presidente da BM&FBOVESPA, Edemir Pinto; o secretário da Receita Federal do Brasil, José Antônio Deher Rachid; presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Antônio Gustavo Rodrigues.
*Do PSDB na Câmara