O senador Aécio Neves (PSDB-MG) encontrou no fim da manhã desta quarta-feira (5) lideranças de seu partido e também aliados reunidos ao longo das eleições no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em busca de selar um pacto para compor o que chamou de “a mais vigorosa oposição que este Brasil já viu”.
“A oposição não se faz por um ou alguns cidadãos. A oposição que se faz hoje não precisa de um líder. Ela tem viva na alma e no sentimento de milhões a mais importante essência: a indignação com o que veio acontecendo ao longo dos últimos anos e também a esperança em relação àquilo que podemos mudar”, discursou.
Ele lembrou que sua candidatura, a partir de determinado momento, passou a ser um “movimento por um Brasil diferente” e, por conta disto, fará parte do trabalho dos adversários do governo cobrar ferrenhamente a gestão por “seus equívocos e descaminhos de ordem moral que viraram quase que praxe cotidiana”.
Para reforçar a luta, o senador anunciou a criação de um grupo técnico que avaliará todas as ações de cada uma das áreas do governo para municiar a oposição com informações para melhor cobrança de resultados.
Para Aécio Neves, o governo não teve responsabilidade ao longo dos últimos 4 anos e que, às portas da sucessão, prevaleceu a agenda eleitoral às custas do Brasil. A decisão retorna agora como aumento nas contas de luz e energia e alta de juros. Esta forma de agir, ele lembra, é uma marca histórica do PT.
PT optou pelo PT
“O PT, sempre que teve de optar entre PT e o Brasil, optou pelo PT e quem perdeu foi o Brasil”, lembrando que o partido do governo votou contra a criação da Lei da Responsabilidade Fiscal, o Plano Real e também contra a eleição de Tancredo Neves nos anos 80.
O tucano ressaltou que ficará marcado na história brasileira o nível praticado pela campanha deste ano. Segundo ele, ao menos os petistas cumpriram com a palavra quando disseram que “iam fazer o diabo para vencer. Mas o diabo se envergonharia de coisas que foram feitas durante a eleição”, a exemplo do uso dos Correios para disseminar panfletos de propaganda, ameaças a beneficiários de programas sociais e uso de mentiras contra os adversários.
Fonte: Liderança do Senado