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Alta do dólar e tarifas de energia e combustíveis farão inflação fechar o ano em 10,61%, diz presidente do BC

FC_Dolar_Sobe_350_Iuan_11082015_0031Brasília (DF) – A alta de 30% do dólar e de 18% no conjunto de preços administrados, energia elétrica e combustíveis, são apontados pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, como os principais motivos que levaram a inflação a implodir o teto da meta de 6,5%, fechando 2015 em uma média de 10,61%. Para o presidente do BC, nem mesmo um aumento expressivo da taxa básica de juros, a Selic, estratégia que vem sendo usada pelo governo, seria capaz de conter os efeitos dos reajustes, causando apenas mais recessão.

Segundo Tombini, “não há política monetária que compense choques dessa magnitude”, disse, referindo-se ao grande ajuste dos preços administrados.

As informações são de reportagem desta sexta-feira (18/12) do jornal Correio Braziliense. De acordo com a publicação, sempre que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassa o limite, o presidente do BC é obrigado a enviar uma carta pública ao ministério da Fazenda, explicando porque as metas não foram cumpridas e que medidas serão tomadas.

Alexandre Tombini estabeleceu 2017 como prazo para que a inflação seja, finalmente, levada para a meta. Desde agosto desde ano, quando o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta orçamentária com previsão de déficit, as projeções do mercado para o índice inflacionário dispararam.

‘Cenário conturbado’

Para o presidente do Banco Central, 2015 termina com um cenário político conturbado. “Não é minha praia, mas certamente a complicação política impactou as correções macroeconômicas”, afirmou. Segundo ele, o país passa por três ajustes: o fiscal, o monetário e o do setor externo.

Tombini lembrou ainda a decisão da agência de classificação de risco Fitch de retirar o selo de bom pagador do Brasil, após a Standard & Poor’s também ter rebaixado a nota brasileira em setembro deste ano. O presidente da autoridade monetária avaliou a decisão da agência não foi uma surpresa, já que o mercado já percebia o Brasil como um “subgrau” de investimento. Ainda assim, Tombini alertou que o país tem desafios pela frente.

“As coisas não acontecem da noite para o dia. Temos que fazer o nosso dever de casa, completar o ajuste macroeconômico e retomar o crescimento”, completou.

Da assessoria do PSDB Nacional

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