Assessor de ex-ministro de Dilma é alvo de investigação enviada ao STF

Assessor do ex-ministro Edinho Silva desde o período em que o petista foi deputado estadual, Keffin Gracher é acusado de receber dinheiro de caixa dois da campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o assessor do petista, que era dono da empresa 2K Comunicações, suspeita de receber o dinheiro irregular.

A DCO Informática, empresa contratada para atuar durante a campanha da petista, é suspeita de ter subcontratado a 2K Comunicações. A DCO, que está na mira das investigações, recebeu R$ 4,8 milhões referentes à campanha de Dilma em 2014.

O contrato com a DCO foi para o envio de mensagens de SMS e WhatsApp durante o segundo turno das eleições. No entanto, com apenas um notebook, um servidor e três funcionários informais, as autoridades questionam se a empresa teria estrutura para prestar tal serviço.

Para o deputado estadual Ramalho da Construção, esse tipo de subcontratação para disfarçar irregularidades é uma prática rotineira do PT. “Edinho fez um “gato” ao contratar a empresa do assessor. Por isso que o PT defendeu tanto a terceirização porque dá margem para esse tipo de irregularidade. Hoje o que está na mídia é o caso do Edinho, mas nós sabemos que isso é uma prática que acontece com vários outros políticos do partido e em várias áreas. Nós precisamos urgente combater essa prática. A intenção dessa subcontratação foi levar vantagem. Esse assessor contou com a ajuda de Edinho e de outros”, afirmou.

O TSE chegou a aprovar as contas referentes a campanha de Dilma em 2014, porém Gilmar Mendes voltou atrás e pediu mais informações sobre alguns fornecedores da campanha – chegando desta forma à DCO. No Supremo, o responsável pela investigação, que corre sob sigilo, é o ministro Edson Fachin.