Contrariando o desejo popular de ver os casos de corrupção sendo investigados no país, o PT divulgou, nesta segunda-feira (18), um texto declarando apoio ao manifesto assinado por 105 advogados que critica a Lava Jato. De acordo com informações de matéria publicada nesta terça pelo jornal O Globo, o presidente do PT, Rui Falcão, chegou a afirmar que a operação é um “embrião de estado de exceção que ameaça crescer dentro do estado democrático de direito”. Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), o posicionamento é um “ato de desespero” diante da possibilidade de novas condenações de petistas.

“Eles estão desesperados, o envolvimento do PT nos crimes cometidos na Petrobras é muito claro e, inclusive, está chegando ao rei e à rainha, que são Lula e Dilma. Então, só resta a eles desqualificar o processo, o juiz Sérgio Moro. Enfim, é um ato de desespero”, afirmou o parlamentar tucano.

Entre os 105 advogados que assinaram o manifesto, alguns defendem presos ou condenados em primeira instância na Lava Jato, o que também ajuda a entender o apoio petista ao documento, na visão de Izalci. “O PT trabalha com a regra do vale tudo. Eles são os beneficiários desse esquema, o que explica o posicionamento deles, que é até natural. Não há como negar o envolvimento petista nos crimes investigados pela Lava Jato, então eles fazem isso”, destacou.

Até agora, a operação já prendeu três integrantes do partido: o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-ministro José Dirceu e o senador Delcídio Amaral (MS), ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff. Além deles, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está preso em Curitiba. Em relação aos valores recuperados, a Lava Jato já devolveu aos cofres públicos R$ 2,8 bilhões dos recursos desviados no esquema de corrupção da Petrobras.

O apoio ao manifesto não é a primeira demonstração da insatisfação do PT com os rumos da Operação Lava Jato. Em novembro do ano passado, o partido divulgou uma cartilha em que atacava os procuradores do Ministérios Público Federal e os delegados da Polícia Federal envolvidos nas investigações, além do juiz Sérgio Moro.

Da assessoria do PSDB Nacional

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