O saneamento básico avança a passos lentos no Brasil. Somente em 2015, o país passou a ter coleta de esgoto em mais da metade dos municípios atendidos com água. Mas, ao mesmo tempo, houve recuo nos investimentos durante o governo do PT, com queda de 9% no período: de R$ 13, 9 bilhões em 2014 para R$ 12,7 bilhões no ano seguinte, segundo o Ministério das Cidades.
O deputado federal Guilherme Coelho (PSDB-PE) alerta para os problemas de saúde que a negligência com o saneamento causa à população. O tucano reforça que a aplicação em saneamento básico não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também de saúde.
O Brasil também registra discrepâncias regionais. O Norte e Nordeste têm os piores índices. Na região Norte, somente 8,7% do esgoto era coletado em 2015, e a cobertura de água atingia pouco mais da metade da população: 56,9%. Já no Sudeste, o índice de coleta era de 77,2%, com taxa de 91,2% no atendimento de água. Enquanto isso, no Nordeste, a cobertura de água foi reduzida em quatro dos nove estados. Guilherme Coelho, que já foi prefeito da cidade pernambucana Petrolina, atesta o descaso com o saneamento na região nos últimos anos.
“O Brasil tem índices terríveis de saneamento básico, principalmente o Nordeste. Na minha cidade, Petrolina (PE), que fica às margens do rio São Francisco, nós já tivemos quase 75% da cidade saneada com os programas do governo de Fernando Henrique Cardoso. Quando o governo do PT entrou foi negligente. A cidade hoje tem 55%. Veja a queda.”
A meta do Plano Nacional de Saneamento Básico é de universalizar o atendimento de água e esgoto até 2033. Em agosto de 2016, o presidente Michel Temer sancionou uma lei de incentivo ao saneamento básico, que determina que empresas terão concessão de crédito na cobrança de tributos para investir no cumprimento de metas do plano nacional para o setor.
*Do PSDB Nacional