A meta de inflação no Brasil pode ser ainda menor que os atuais 4,5% estimados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no ano passado. Para 17 de 25 instituições do mercado financeiro ouvidas pelo sistema de notícias Broadcast, do Grupo Estado, o país pode estipular uma nova faixa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entre 4% e 4,25%. Economistas explicam que essa desaceleração dos preços não é apenas efeito da recessão atravessada pelo país nos últimos anos, mas também de um cenário otimista com o avanço das medidas fiscais em curso.
O deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP) acrescenta que tão importante quanto as expectativas sobre a queda na inflação, é a possibilidade de uma redução maior da taxa básica de juros, hoje em 12,25%.
“O importante não é só que estejamos caminhando para uma inflação controlada e baixa, é que isso força uma baixa dos juros. O Brasil já paga uma taxa de juros reais altíssima. E como a inflação parece estar efetivamente sob controle, o provável é que a taxa de juros acabe chegando naquilo que já está sendo previsto, chegar ao final do ano com menos de 10%, com menos de dois dígitos.”
O deputado também espera que as expectativas positivas para a inflação e os juros sejam seguidas por outras boas notícias. Para o tucano, a retomada do crescimento da atividade econômica é dependente também das reformas que tramitam no Congresso Nacional.
“É uma boa notícia que precisa ser seguida de outras boas notícias – como a taxa de juros cair mais ainda – e também a retomada da economia, do crescimento, que significa que acontecerá com novos investimentos que também são dependentes das reformas que estão em curso no Congresso Nacional”, disse o tucano.
O último boletim Focus, do Banco Central, trouxe projeções otimistas para o IPCA nos próximos anos, abaixo de 4,5%. Um grupo de analistas com alto índice de acertos em previsões nesta mesma pesquisa também reduziu a perspectiva dos juros, reduzindo a expectativa da Selic para 9% ainda neste ano.
*Do PSDB Nacional