O ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou, em acordo de delação premiada na última sexta-feira (18), que funcionários da empresa Astra Oil e da estatal brasileira receberam um total de US$ 15 milhões de propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio causou, segundo o Tribunal de Contas da União, prejuízo de US$ 792 milhões à estatal.
A declaração foi dada à Procuradoria-Geral da República. Durante o depoimento, Cerveró revelou que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) teria lhe cobrado parte da propina, para usar na campanha ao governo de Mato Grosso do Sul, em 2006. Cerveró combinou com Delcídio uma propina de US$ 2,5 milhões. Desse montante, destinou-se ao ex-líder do governo no senado US$ 1,5 milhão. Cerveró ficou devendo US$1 milhão.
Ambos estão presos. Cerveró foi detido em janeiro, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Foi condenado a 17 anos de prisão em duas ações penais. Delcídio foi preso em 25 de novembro, sob suspeita de tentar atrapalhar a Lava Jato.
O passo a passo do caso de Pasadena foi confessado por Cerveró. De acordo com a declaração feita às autoridades, a propina total chegou a US$ 15 milhões a “funcionários” da estatal. Ele disse que um ex-gerente executivo da Diretoria Internacional que atuava sob sua orientação intermediou o acerto para pagamento de propina para funcionários da Petrobrás. Cerveró afirmou que preferia não atuar diretamente nas negociações com o dinheiro ilegal e por isso usou o ex-gerente como intermediador. Em outras ocasiões quem fazia a ponte era lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano.
O ex-diretor da Petrobras citou como recebedores de propina gerentes da Diretoria de Internacional, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano. Contou ainda que foi o Baiano que recebeu os US$ 2,5 milhões. Costa e Baiano também fizeram acordo de delação premiada.
Da assessoria do PSDB Nacional
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