Brasília (DF) – A comissão especial do Senado ouviu, nesta quarta-feira (15), três pessoas convocadas pela defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, no processo de impeachment contra a petista. O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, afirmou que vai apresentar recurso para que as testemunhas tenham mais tempo para responder aos questionamentos dos senadores na comissão. Além disso, o calendário acabará sofrendo atraso também por conta da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que determinou a realização de perícia sobre as “pedaladas fiscais” e os decretos de crédito suplementar, objetos do processo.
De acordo com o prazo anunciado pelo presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), para a conclusão da perícia, o fim das diligências passaria de 17 para 27 de junho. Com base nesses prazos, a comissão decidiria sobre a acusação e o plenário analisaria essa fase, na qual se exige maioria simples, durante as Olimpíadas, que começam em 5 de agosto. O julgamento final ocorreria apenas após o fim dos Jogos, que se encerram em 21 de agosto. As informações são do jornal O Globo desta quarta (15).
A reportagem informa que os prazos ainda podem sofrer outras alterações. A acusação, por exemplo, pode usar menos do que os 15 dias a que tem direito para apresentar suas manifestações, o que aceleraria o calendário. Mas há recursos da defesa, que está fazendo o possível para atrasar o cronograma, a serem analisados pelo presidente do STF. Isso poderá alterar o rol de testemunhas e postergar ainda mais o calendário.
Ainda segundo a publicação, um possível depoimento de Dilma, originalmente previsto para o dia 20, poderá ocorrer apenas a partir da última semana do mês.
A comissão ouviu ontem (14) o ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura André Nassar e o ex-secretário-executivo adjunto da Casa Civil Gilson Bittencourt. Nassar afirmou não ter relação com os fatos. Ele explicou que trabalhou na elaboração do Plano Safra para 2015/ 2016, que deveria ter os pagamentos de equalização de juros ao longo deste ano. O processo de impeachment analisa atrasos ao longo de 2015. “Esse Plano Safra tinha sido elaborado por uma equipe anterior. O Plano Safra formulado por nós não está em discussão aqui”, afirmou.
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