Menos de uma semana após a presidente Dilma Rousseff anunciar, com a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a desapropriação de terras para reforma agrária, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou a imediata paralisação do programa de reestruturação fundiária do país. O tribunal identificou problemas graves que poderiam causar prejuízos de R$ 2,5 bilhões até 2018, como revela matéria publicada nesta quinta-feira (7) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O TCU identificou mais de 578 mil beneficiários irregulares no programa, que engloba 1,5 milhão de famílias. Na relação, constam 1.017 políticos, vários empresários, servidores públicos e quase 38 mil pessoas falecidas que seriam beneficiadas com terras desapropriadas. Todos esses, pelas regras, não teriam direito aos lotes distribuídos pelo governo. A auditoria do tribunal revelou ainda que mais de 19 mil cadastrados são proprietários de carros de luxo.
A presidente fez o anúncio do programa com o claro objetivo de apresentar medidas de impacto popular para tirar o foco do processo de impeachment, que tramita na Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP), a tentativa do governo de propagar “bondades” para recuperar a popularidade esconde os reais problemas enfrentados pelo país. “Popularidade você não compra, você conquista. Mas quando você não tem um plano de governabilidade para o país, você faz uma colcha de retalhos. Não um planejamento nesse governo. Ninguém sabe mais o tamanho do problema que estamos encontrando.”
Para Tripoli, são indícios que reforçam que o governo federal está condenado por seus desacertos e crimes. “O governo federal está eivado de vícios de origem, de desacertos e de crimes também. É impressionante que a cada dia que você observa, há uma denúncia de um problema extremamente grave.”
*Do PSDB Nacional
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