No mês passado as famílias negociaram R$ 24,8 bilhões em débitos atrasados com bancos e financeiras. A cifra, que representa um aumento de 14% em relação aos R$ 21,8 bilhões de setembro de 2014, é a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2007.
Em tempos de crise econômica, desemprego, inflação, taxa de juros nas alturas e o orçamento doméstico comprometido, o brasileiro tem optado cada vez mais por renegociar o pagamento das dívidas, na tentativa de escapar dos juros.
O número de famílias que passou a recorrer à renegociação das parcelas em atraso cresceu em relação em setembro, se comparado ao mesmo período, em 2014.
É o que revelam dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta terça-feira (27).
Para analistas, a alta mostra bancos e consumidores buscando alternativas, diante das dificuldades de pagar as contas. A parcela de dívidas com atraso superior a 90 dias passou de 5,33% em janeiro para 5,7%.
As informações são de reportagem publicada no jornal “O Globo”, nesta quarta-feira (28).
Taxas – Além das taxas de juros – no caso do cheque especial – que chegou em 263,73% ao ano em setembro, outro vilão para o consumidor tem sido o juro rotativo do cartão de crédito: 414% ao ano.
Economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do BC, Carlos Thadeu de Freitas, em entrevista ao jornal, avalia que movimento deve se intensificar, já que a inflação e o medo do desemprego continuam apertando o orçamento das famílias.
Preços – De acordo com o IBGE, os preços subiram em média 9,49% nos últimos doze meses. E a taxa de desemprego chegou a 7,6% em setembro, a mais alta para o mês desde 2009.
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