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Comitê Olímpico Internacional cita “crise profunda” no Brasil e revela preocupação com organização dos Jogos

JPE-Arcos-Olimpiadas-20150520-2O quadro de grave recessão enfrentado pelo país, alvo de análises de diversas agências de classificação de risco e instituições financeiras ao redor do mundo, já virou motivo de preocupação até mesmo de entidades esportivas. Faltando pouco mais de cinco meses para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Internacional (COI) apontou, em um relatório interno obtido pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo, que o Brasil vive uma “crise profunda”. Além da crítica, o órgão citou também diversos problemas relacionados à organização dos Jogos.

A citação ao cenário econômico brasileiro foi feita em um documento que registrou um encontro de Thomas Bach, presidente do COI, com comitês olímpicos europeus. No evento, Bach convidou o grupo “a trabalhar em solidariedade perfeita com os organizadores, diante da crise profunda que o Brasil enfrenta”, de acordo com informações dematéria publicada pelo Estadão nesta quinta-feira (3). O relatório foi utilizado para cobrar a organização durante reunião realizada entre o Comitê Executivo do COI e os delegados do Rio de Janeiro nesta quarta-feira.

Já na relação de “preocupações relacionadas com os esportes”, o relatório destaca complicações na “finalização das instalações para remo e canoagem (incluindo as arquibancadas temporárias na Lagoa Rodrigo de Freitas), polo aquático e saltos ornamentais, ciclismo, vôlei, equitação e o estádio olímpico”.

O COI também revelou preocupação com a alimentação elétrica temporária que os Jogos Olímpicos demandam. Segundo a entidade, os prazos para garantir o fornecimento de energia a partir de julho “estão muito apertados”. Além disso, o orçamento mais enxuto também é motivo de temores. “Os cortes orçamentários atuais terão eventuais repercussões sobre os níveis de serviços de tecnologia e riscos associados à entrega tardia dos layouts olímpicos e da alimentação elétrica temporária”, diz o documento. Oito federações esportivas internacionais também revelaram receio em relação ao Complexo Olímpico de Deodoro. O local não estaria no padrão do COI para eventos de nível internacional, segundo as entidades.

Preocupação com marketing e ingressos

Outro ponto da organização dos Jogos Olímpicos que está abaixo das expectativas que o COI tinha é a venda de ingressos e a arrecadação com marketing. Somente 47% das entradas foram vendidas até o momento, o que gerou uma arrecadação de US$ 194 milhões, 74% do que era esperado. Thomas Bach admitiu que os ganhos com marketing também estão aquém do previsto. “Os acordos estão mais difíceis num país com tal crise, como no Brasil. Isso é obvio”.

*Do PSDB Nacional

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