A aquisição de móveis de luxo da Kitchens para o tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, frequentados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi concluída na sede da OAS, em São Paulo. Quem ficou à frente das negociações foi o ex-executivo da empreiteira Paulo Gordilho, que intercedeu junto a Rodrigo Silva, ex-funcionário da loja, para a conclusão da compra.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pelo jornal O Globo.
Apesar das notas fiscais estarem em nome de Fernando Bittar – um dos donos do sítio de Atibaia e sócio de um dos filhos de Lula – a loja não teve qualquer contato com ele para a compra dos móveis. De acordo com o depoimento de Silva, o contrato já assinado por Bittar foi entregue à loja pelo próprio Gordilho, como revela o jornal.
O ex-funcionário afirmou em depoimento na Operação Lava Jato que Gordilho chegou a pedir que o dinheiro fosse retirado na sede da OAS, sugestão que foi rejeitada pela loja. Os R$ 200 mil foram entregues pelo próprio executivo dentro de uma mala na Kitchens. Silva informou que estava presente durante a contagem do dinheiro e que o gerente da loja e Gordilho acompanharam toda a ação.
As declarações de Silva reforçam os indícios de que a OAS pagou por reformas no sítio. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que os dois sócios do filho do ex-presidente atuaram como “laranjas” do petista na compra do sítio. O vendedor afirmou, ainda, que um dos montadores teria ouvido que o apartamento pertencia a Lula.
Desde o início das investigações, o ex-presidente Lula nega ser o proprietário dos imóveis do Guarujá e de Atibaia.
*Do PSDB Nacional
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