Com um rombo de R$ 4 bilhões acumulado nos últimos dois anos, os Correios estão esperando autorização do Ministério do Planejamento para oferecer aos empregados um Plano de Demissão Incentivada (PDI). O objetivo da medida é economizar e minimizar o máximo possível os prejuízos causados à empresa pela crise econômica gerada pelos governos do PT.
Segundo o jornal Correio Braziliense, a autorização para o PDI depende da aprovação de relatório sobre o impacto financeiro dos desligamentos no caixa do Postalis, o fundo de pensão dos empregados da estatal, por parte da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. Com 117 mil empregados e pelo menos 14 mil com 55 anos ou mais e 15 anos de serviço, a empresa espera que pelo menos metade desse grupo peça desligamento.
Em contrapartida, os Correios oferecerão aos empregados, por oito anos, o Incentivo Financeiro Diferido (IFD) que corresponderá a 35% do valor do salário da ativa. No entanto, os empregados temem que, ao se desligar da empresa, eles não tenham garantia de que receberão os benefícios do Postalis.
Para o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), o PDI não é uma medida boa, mas é necessária diante da situação econômica que o país se encontra. “É o famoso remédio amargo. Quando se está doente, é preciso tomar remédio. É o que acontece com a nossa economia, que está adoentada. O PDI no início é ruim. No entanto, é a única possibilidade de cura que se tem no momento para a estatal”, disse.
O tucano lamentou a condição imposta aos funcionários públicos que sofrerão as consequências de uma série de erros nas políticas econômicas adotadas nos últimos anos. “O servidor, que não tem culpa nenhuma, vai pagar a conta pelos atos de pessoas totalmente inabilitadas para mexer com economia”, afirmou.
Além dos Correios, a Caixa Econômica Federal também deve anunciar nos próximos dias um plano de demissão voluntária (PDV) para os empregados. O banco público espera economizar R$ 1,5 bilhão por ano a partir de 2018.
*Do PSDB Nacional