No primeiro dia de inscrições, famílias dormiram nas filas para assegurar um lugar para as crianças com até cinco anos. Problema afeta diretamente o emprego, já que muitos pais deixam de trabalhar para ficar com os filhos
A Secretaria de Educação do Distrito Federal abriu ontem prazo para matrículas em uma das 1.344 vagas para as creches públicas destinadas as crianças entre seis meses a cinco anos de idade. Mas de acordo com um levantamento feito pelo portal de notícias G1, com informações da própria Secretaria, esse número está longe de atender à demanda.
Os dados revelam que parte das crianças do DF não tem onde estudar, enquanto os pais trabalham. Para os bebês de 0 e 3 anos, faltam 21 mil vagas. Entre 4 e 5 anos, o déficit é de 2,7 mil. As dificuldades que diversos pais encontraram para conseguir uma vaga no primeiro dia de inscrição estão estampadas na edição de hoje do jornal Correio Braziliense. Alguns madrugaram nas filas e outros chegaram a dormir no local.
Para o deputado federal Izalci, presidente do PSDB/DF, a situação das famílias do DF é resultado de falta de gestão. “O maior problema que passamos hoje é a falta de planejamento por parte do governo. Os pais já não têm como manter seus empregos, por não terem com quem deixar seus filhos”, explicou Izalci.
O Correio Braziliense mostrou o relato de moradores do Guará que, mesmo sabendo que o atendimento não era por ordem de chegada, optaram por chegar cedo para garantir a vaga. O desespero dessas famílias não encontra alento nas medidas anunciadas pelo GDF e deve se repetir pelos próximos anos. O subsecretário de Planejamento Educacional, Fábio de Sousa, afirma que a Secretaria de Educação pretende diminuir a demanda de 21 mil crianças entre 0 e 3 anos em cerca de 20%, ao longo de 2016.
Com informações do portal G1 e Correio Braziliense
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