Em entrevista à agência de notícias Reuters, o presidente Michel Temer afirmou que o desemprego é a principal preocupação de seu governo. Atualmente, de acordo com dados divulgados no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 12 milhões brasileiros estão sem emprego por conta da crise econômica deixada como “herança” pela ex-presidente Dilma Rousseff.
“Nós temos que nos ater muito à questão do desemprego, essa é a principal preocupação, e isto significa o crescimento da economia”, salientou Temer, que revelou otimismo sobre uma reversão desse cenário negativo já a partir do segundo semestre deste ano. “Acho que este ano o país cresce a partir do segundo semestre”, afirmou. “É muito provável que ainda neste semestre a capacidade ociosa das empresas seja utilizada por elas, mas nós pensamos que, a partir do segundo semestre ou de meados do segundo semestre, o desemprego já comece a diminuir e o crescimento venha de uma vez”, analisou o presidente.
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) acredita que a retomada possa de fato vir já a partir da metade do ano, desde que o governo consiga aprovar importantes reformas que devem ser objeto de votação no Congresso, como as mudanças previdenciárias e trabalhistas.
“Eu concordo [com a previsão do presidente] desde que a gente consiga fazer o dever de casa e aprove as reformas, principalmente a trabalhista. Se aprovarmos as reformas previdenciária e trabalhista, a economia vai começar a melhorar, porque as pessoas começam a acreditar que é possível mudar. Então [a retomada dos empregos] está muito ligado a essa aprovação”, disse o tucano.
Izalci se mostrou confiante em relação à aprovação dessas medidas. “Como a base do governo é grande, a expectativa do governo é maior no sentido de conseguir fazer a reforma, e se fizer, a consequência realmente é essa: melhorar a economia”, avaliou.
Indicadores econômicos
Na entrevista à Reuters, Temer também falou sobre a melhora de diversos índices econômicos desde que assumiu a Presidência, com destaque para o controle da inflação, que atingiu dois dígitos sob a gestão de Dilma e atualmente está abaixo do teto da meta, e para a diminuição da taxa de juros.
“Quando chegamos aqui, a inflação anunciada era de 10,7 [por cento], caiu para 6,29 [por cento]. Então em seis meses caiu para 6,29 a inflação. Em um segundo ponto, já fizemos duas reduções dos juros, que baixaram 0,50 ponto em um primeiro momento e agora, até para a surpresa de muitos, 0,75 ponto. Quando você reduz a possibilidade de uma inflação mais alta, tem chance de reduzir os juros”, argumentou o presidente.
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*Do PSDB Nacional