Brasília (DF) – Como reflexo da grave crise econômica promovida pelo PT, as estatais federais demitiram, por meio de Planos de Demissão Voluntária (PDV), ao menos 21.570 funcionários nos últimos dois anos. Segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, do fim de 2014 até setembro de 2016, o saldo líquido de funcionários de estatais (que contabiliza contratações menos demissões) ficou negativo em 13 mil e os cortes ainda devem continuar. As informações são do jornal O Globo desta segunda-feira (21).
De acordo com a reportagem, após demitir 7.961 pessoas, a Petrobras anunciou que pretende cortar mais oito mil funcionários. A Eletrobras, por sua vez, quer cortar 5.662 e os Correios outros oito mil. O Banco do Brasil também anunciou neste domingo (20) que pretende incentivar a aposentadoria de mais 18 mil.
O relatório do Planejamento indicou ainda que o número de funcionários caiu de 494.370 há dois anos, antes da onda de PDVs, para 481.460 até setembro deste ano. Esse tipo de programa e planos de aposentadoria incentivada têm sido estimulados pelo governo como alternativa para enxugar a folha e, assim, aliviar o caixa.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), os sucessivos planos de demissões voluntárias para tentar driblar a crise são reflexo da “incompetência, má gestão e corrupção contínua” promovidos pelos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, durante os 13 anos que o PT ficou no poder.
“As estatais, a exemplo de outras áreas da economia, sofreram e sofrem com essa derrocada econômica, essa herança maldita, tendo que demitir, diminuindo o lucro, diminuindo bastante seu potencial. É triste que o PT, Lula e Dilma, além de destruir a economia nacional, as finanças da União, do governo federal, dos estados e municípios, e de ter destruído o parque industrial brasileiro, também atingiu as poderosas estatais brasileiras por conta da incapacidade e da péssima administração”, avaliou.
Segundo a Secretaria de Gestão e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Planejamento, só entre 2015 e 2016, quando o arrocho fiscal ficou mais forte, foram aprovados PDVs autorizando demissões de 21.300 funcionários, sem incluir as dispensas da Petrobras, que não precisa do aval do Planejamento para tomar essas medidas.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BB) anunciou ontem um plano de reestruturação que deverá fechar 781 agências – 14% do total – e enxugar a estrutura administrativa do banco. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a instituição também confirmou o plano de incentivo à aposentadoria de funcionários, esperado desde outubro. Na reformulação, 379 agências serão convertidas em postos de atendimentos, uma versão menor e mais barata de servir ao cliente. As outras 402 serão desativadas, somando-se a outras 51 agências que começaram a ser fechadas em outubro.
Em comunicado ao mercado, o banco diz que a rede de atendimento será reorganizada para adequá-la “ao novo perfil e comportamento dos clientes” e que não comprometerá a presença do BB nos municípios em que atua. As mudanças devem ocorrer ao longo de 2017.
Ainda na avaliação do deputado Hauly, esse é apenas mais um aspecto do desmonte promovido pelo PT, que deixou como maior legado para a população o desemprego. “Hoje temos 12 milhões de desempregados e 60 milhões de brasileiros inadimplentes. As famílias também diminuíram a renda familiar porque os salários também foram reduzidos. Infelizmente, essa foi a maior herança maldita que esses governos nos proporcionaram, prejudicando toda nossa população”, completou.
*Do PSDB Nacional