Crise segue freando crescimento e atividade econômica cai pelo sétimo trimestre seguido, revela BC

Apesar da melhora nas expectativas com o rumo da economia brasileira desde que o presidente Michel Temer tomou posse, a crise deixada como herança pelo governo de Dilma Rousseff segue freando o crescimento do país. É o que mostra o último resultado apresentado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central, conhecido como “prévia do PIB” (Produto Interno Bruto). Segundo o indicador, a atividade econômica caiu 0,78% no terceiro trimestre deste ano. As informações são de matéria publicada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (18)

Os números negativos entre julho e setembro fazem o Brasil chegar a sete trimestres consecutivos de retração na atividade econômica, fato que já pode começar a influenciar de maneira negativa as projeções do PIB para o último trimestre e, inclusive, para o ano que vem, de acordo com economistas consultados pela reportagem do jornal carioca.

“É um quadro econômico muito frágil ainda. Não dá para falar que o quarto trimestre será positivo. A economia ainda não tem motor”, opinou Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. “É justo dizer que a atividade econômica está testando o fundo do poço”, afirmou.

“Neste ano, nem milagre salva o Natal”, projetou o ex-diretor do Banco Central e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos também puxará o PIB de 2017 para baixo. Segundo O Globo, a projeção de crescimento da economia para o ano que vem será revista para um patamar abaixo de 1,6%.

“O que o presidente Trump vai fazer influencia, sim, de uma forma ou outra, o resto do mundo. Devemos estar preparados”, salientou o ministro. “Independentemente da situação dos Estados Unidos, o que é importante para o Brasil é que estamos fazendo o dever de casa”, ponderou Meirelles, destacando ainda a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um limite para os gastos públicos.

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