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Cunha acusa Wagner de oferecer votos do PT para salvar seu mandato no Conselho de Ética

Eduardo Cunha e Jaques Wagner no Dia do Exército FOTO EBCO presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou, nesta terça-feira (21), o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner de oferecer a ele os três votos do PT no Conselho de Ética – onde o peemedebista foi alvo de investigação – em troca de não deflagrar o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com matéria do jornal O Globo, o parlamentar disse ainda, em entrevista coletiva à imprensa, que Wagner teria “controle total” sobre o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA).

Para o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), Eduardo Cunha começou a fazer uma espécie de “delação”, já prevendo a sua inevitável cassação e a possibilidade de, como deputado cassado, sofrer consequências do seu envolvimento com denúncias de desvio de recursos do “petrolão”. “Ele está acrescentando fatos que já haviam sido especulados, mas agora de forma oficial, vamos dizer assim. Isso abre uma nova possibilidade de citações, de novos envolvimentos que devem atingir novamente a classe política”, afirmou o parlamentar.

Segundo o tucano, as declarações de Cunha também confirmam, por outro lado, que o PT estava disposto a tudo para seguir com o seu projeto de se perpetuar no poder. “[O partido] Fez qualquer coisa para ganhar a eleição e estava disposto também a entregar a alma para não perder o poder, o mandato de Dilma. Confirma ainda a necessidade de apressar o processo de cassação dela para que o país possa virar essa página, que vai deixar para trás não só Dilma, como também o Eduardo Cunha, e poder seguir em frente com mais esperança e confiança no país.”

Ainda na entrevista, segundo o Globo, Cunha ressaltou que é “fantasiosa” a argumentação de que ele teria apoiado o impeachment de Dilma como uma vingança ao PT. “Nos três encontros, o Jaques Wagner ofereceu os votos do PT no Conselho de Ética e, inclusive, chegou ao ponto de oferecer a manutenção da minha mulher e da minha filha no foro do STF. Ou seja: quem estava propondo que o PT votasse comigo era o governo, não era eu”, afirmou o peemedebista.

Após oito meses de processo, o Conselho de Ética aprovou, na semana passada, o parecer que pede a cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras, em 2015, quando disse que não tinha contas no exterior. Segundo o jornal, no início da tramitação no Conselho de Ética, o PT ainda não havia declarado como iria votar e depois que o partido declarou posição contrária a Cunha, no fim de 2015, o peemedebista aceitou pedido para abrir processo de impeachment contra Dilma.

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*Do PSDB Nacional

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