Brasília (DF) – Mais um escândalo envolve o nome do ex-líder do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, o deputado federal José Guimarães (PT-CE). Após ter, no auge do mensalão, em 2005, um assessor preso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil escondidos na cueca, e mais R$ 209 mil em uma maleta de mão, o petista foi acusado pelo ex-vereador Alexandre Romano (ex-PT), delator da Lava Jato, de receber R$ 95 mil em propinas.
As informações são de reportagem desta segunda-feira (11) do portal da revista Veja. De acordo com a publicação, após fechar um acordo de delação premiada, Romano, conhecido como “Chambinho”, contou aos procuradores do Ministério Público que Guimarães usou sua influência política junto ao Banco do Nordeste para destravar um negócio milionário. Em troca, teria recebido R$ 95 mil divididos em dois cheques – um de R$ 30 mil e outro de R$ 65 mil.
As provas apresentadas pelo ex-vereador são contundentes: notas fiscais, minutas de contratos e até a cópia do cheque dado à Guimarães. A ironia está no fato de que o cheque de R$ 30 mil foi usado pelo petista para pagar os honorários dos advogados, do escritório Bottini & Tamasauskas, que fizeram a defesa do assessor José Adalberto Vieira, encontrado com os dólares na cueca.
O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) classificou o episódio como “reincidente”: “Todas as vezes que se abre, se aprofunda uma investigação, vão se encontrando novos nomes, ou nomes já envolvidos em outros escândalos. Sempre pessoas do PT ou ligadas ao PT, na sua grande maioria, e naturalmente empresários”, afirmou.
“No caso de agora, José Guimarães, já envolvido em outro tipo de escândalo, novamente é citado como o beneficiado de uma operação de crédito, em que os recursos acabaram disponibilizados para o seu assessor, que foi, e isso é de conhecimento público, flagrado com dinheiro na cueca. Isso mostra, de fato, que o PT criou uma capilaridade na questão da corrupção que é imensa. As pessoas já perderam, inclusive, o poder de indignação, já que hoje é quase que rotineiro se descobrir que membros do PT estão envolvidos em corrupção”, acrescentou o tucano.
O parlamentar ressaltou a importância do trabalho de combate à corrupção realizado pela Operação Lava Jato, e destacou que o governo do presidente em exercício Michel Temer deve ter como prioridade a garantia das condições necessárias para que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça possam atuar livremente.
“Se não tivermos essa estrutura, vamos chegar em um certo momento em que teremos dificuldades para dar continuidade aos trabalhos, tamanho o número de pessoas envolvidas. Temos que fortalecer a Lava Jato, dar a estrutura necessária, apoiarmos politicamente, estimularmos essas ações. Há um reconhecimento público da importância da Operação Lava Jato, da Justiça como um todo, envolvida nessas apurações, e há também uma expectativa, porque a cada dia surge um novo nome”, completou Haddad.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do portal da Veja.
*Do PSDB Nacional
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