
Hildo Rocha, que é vice-presidente da CPI, não quis dizer o nome do empresário nem o do deputado que estaria praticando a suposta chantagem.
A cobrança de explicações foi feita pelos deputados Izalci (PSDB-DF) e Ivan Valente (Psol-SP). Na última sexta-feira, o PSDB ingressou com uma representação na Procuradoria Geral da República para que o caso seja investigado.
O presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) disse que apoia a investigação e que já pediu para que a Câmara faça o mesmo. “Eu aplaudo a iniciativa do PSDB e já pedi providências à corregedoria da Casa”, disse.
Requerimentos de convocação
Os deputados também cobraram a votação de requerimentos de convocação, principalmente de empresários. Nas últimas reuniões, os requerimentos não foram votados por falta de quórum.
“Não conseguimos trazer nenhum tubarão. Não conseguimos trazer o senhor André Gerdau, nem o senhor Luiz Carlos Trabucco (presidente do Bradesco)”, disse Ivan Valente, que cobrou também a convocação do empresário João Alves de Queiroz Filho, fundador do grupo Hypermarcas.
Há duas semanas, a reunião da CPI foi encerrada quando se tentou votar uma inversão de ordem para que o requerimento de convocação de Queiroz fosse votado antes dos demais.
Um ex-executivo do grupo Hypermarcas, Nelson Mello, teria dito em delação premiada, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, ter pago R$ 30 milhões em propina aos senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM) em troca da aprovação de medidas provisórias – um dos objetos da CPI. Os senadores negaram a denúncia.
A empresa, por meio de nota, disse que Mello “autorizou, por iniciativa própria, despesas sem as devidas comprovações das prestações de serviços”, que não teriam beneficiado o grupo.
“Temos que votar a convocação João Alves de Queiroz Filho e vou apresentar um requerimento pedindo a convocação do senador Romero Jucá”, disse Ivan Valente.
*Da agência Câmara
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