Brasília (DF) – O desemprego continua aumentando no Brasil. Em julho, a taxa subiu para 7,5% nas seis principais regiões metropolitanas do país, o pior resultado para o mês desde 2009, quando ficou em 8%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda é a sétima consecutiva. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (20).
Reportagem do jornal O Globo de hoje destacou que o resultado é pior do que o esperado pelos analistas do mercado financeiro, que era de que o indicador ficasse em 7% em julho. O indicador às regiões metropolitanas de Rio, São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,6 pontos percentuais, indicando rápida deterioração do mercado de trabalho. Em junho, a taxa estava em 6,9%, segundo divulgado pelo IBGE.
Segundo o jornal, o resultado é reflexo da combinação de demissões na maioria dos setores da economia e o retorno ao mercado de trabalho de pessoas que tinham deixado de procurar emprego nos últimos anos.
A técnica do IBGE e responsável pela pesquisa, Adriana Beringuy, complementou: “O crescimento da taxa de julho foi fundamentalmente influenciada pelo crescimento da população desocupada”.
De acordo com ela, o que está pressionando a taxa de desemprego é o aumento da busca por vagas. “É uma procura crescente por trabalho, que está sendo influenciada tanto por aquelas pessoas que estão saindo da ocupação, perdendo o trabalho, mas também influenciada por pessoas que antes estavam naquela população inativa, chamada Pnea (população não economicamente ativa), que saem da desocupação e passam agora a pressionar o mercado de trabalho. A gente observa um aumento de pessoas procurando trabalho e, do outro lado, um mercado que não está gerando os postos para absorver”, explicou.