Brasília (DF) – A presidente afastada, Dilma Rousseff, se esquivou mais uma vez da responsabilidade sobre a denúncia de ter pago US$ 4,5 milhões de caixa dois ao marqueteiro do PT João Santana na sua campanha em 2010. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (27) à rádio Educadora, de Uberlândia (MG), a petista afirmou que o publicitário cobrou dívidas da eleição para a tesouraria do partido. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quinta (28).
Segundo Dilma, a partir do momento em que a campanha terminou, no final de 2010, tudo o que ficou pendente de pagamento passaria a ser responsabilidade do partido. “Ele [Santana] diz que recebeu isso em 2013. Ora, a campanha começa em 2010 e até o final do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. Como disse o próprio João Santana, com quem ele tratou essa questão foi com a tesouraria do PT”, afirmou.
A declaração da presidente afastada foi feita após ser questionada sobre a audiência do marqueteiro e sua mulher, Mônica Moura, com o juiz Sérgio Moro, em que o casal admite ter recebido dinheiro de caixa dois para a primeira campanha de Dilma ao Planalto.
Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), as afirmações refletem a “farsa” que foram as campanhas da petista. “Tudo isso mostra como Dilma mente o tempo todo e esconde a verdade, inclusive agora, num episódio em que as provas mais uma vez são absolutamente contundentes. Sua vitória foi contra todas as práticas corretas de campanha. Com esse esquivamento, fica comprovado que o PT enganou, iludiu o povo brasileiro e, além disso, usou o esquema fraudulento para vencer as eleições”, afirmou.
Na entrevista, Dilma ainda diz que sua campanha “não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente de 2010, porque ela foi paga três anos depois”. Segundo a reportagem, esta não é a primeira vez que a petista usa o argumento de que Santana não acusou sua campanha de ter quitado dívidas com dinheiro de caixa dois. Na última segunda (25), ela afirmou à rádio francesa “RFI” que Santana e Mônica se referem a episódios posteriores à dissolução do comitê financeiro da campanha. “É público e notório que eu jamais autorizei caixa dois”, revelou.
Ao juiz Sérgio Moro, a mulher de João Santana declarou que, após cobranças insistentes ao PT, o casal foi chamado em 2013 pelo então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, e informado que teria o débito saldado. Vaccari orientou Mônica a procurar o engenheiro Zwi Skornicki, que tinha negócios com a Petrobras.
*Da assessoria do PSDB Nacional
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