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Dirceu gastava R$ 1 milhão por mês, afirma delator

Jose Dirceu Foto DivulgacaoBrasília (DF) – O lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Operação Lava Jato, que diz ter pago propinas ao ex-ministro José Dirceu, afirmou, em novo depoimento ao juiz Sérgio Moro, que Dirceu gastava muito mais do que ganhava. Segundo o delator, o escritório do ex-ministro tinha contratos para receber entre R$ 20 mil e R$ 30 mil mensais, mas chegava a gastar R$ 1 milhão por mês, informou o jornal O Globo desta sexta-feira (22).

Ao depor na quarta (20), Pascowitch disse que Dirceu chegou a prestar consultoria, mas depois “desvirtuou” e voltou a agir como um “ser político”, não como um consultor.

“As consultorias eram delegadas. Ele tinha contratos de R$ 20 mil, R$ 30 mil por mês, e despesas de R$ 800 mil, R$ 1 milhão”, declarou o delator, que fez pagamentos à empresa de Dirceu, a JD Consultoria, e quitou despesas pessoais do ex-ministro, como a reforma de uma casa em Vinhedo e a compra de um imóvel para uma filha dele.

De acordo com o lobista, a partir de 2007, Dirceu se tornou “absolutamente alheio” à administração de sua consultoria, que ficou a cargo do irmão dele, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. O delator afirmou que repassava ao escritório do ex-ministro dinheiro de propina de contratos da Petrobras, pois Dirceu havia participado da indicação do ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, condenado na Lava Jato. Ele contou que chegou a dizer a Dirceu que achava absurdo ele não saber quanto iria gastar dali a 30 dias.

Ainda segundo Pascowitch, a empresa do ex-ministro chegou a ter um administrador, mas o trabalho ficou “inútil” em função da injunção política. Não adiantava ter administrador se não se sabia “quanto entra” de dinheiro nem “quanto vai sair”, completou o delator. Ele ressaltou que parte do dinheiro repassado a Dirceu foi utilizado para pagar uma casa para a filha do ex-ministro.

Na avaliação do delator, Dirceu não tinha qualificação para administrar uma empresa. De acordo com ele, foi o ex-ministro que autorizou também que fossem feitos pagamentos diretos de R$ 30 mil por mês a Luiz Eduardo e Roberto Marques, assessor de Dirceu. “Se eles faziam conosco, imagino que fizessem com outras empresas também”, concluiu.

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*Da assessoria do PSDB Nacional

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