A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil foi alvo de duras críticas da Transparência Internacional, entidade responsável pelo mais importante indicador de corrupção em todo o mundo. Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, o diretor da instituição para a América Latina, Alejandro Salas, definiu a decisão tomada pela presidente Dilma Rousseff como um “insulto” aos brasileiros que foram às ruas protestar contra o governo no último domingo (13).
“Isso é um insulto à população. Você teve uma multidão nas ruas dizendo que queria o fim da corrupção, que apoiava o juiz Moro. Tomar essa decisão dois dias depois é como dizer: ‘eu não estou nem aí para o que vocês estão dizendo’. E isso provavelmente fará com que as pessoas fiquem com mais raiva e que mais pessoas saiam às ruas”, destacou Salas. O diretor ainda defendeu a continuidade das manifestações populares no país.
“É extremamente importante que as pessoas continuem nas ruas porque se elas pararem de levantar sua voz, será um sinal de derrota. Devemos lembrar daquele pensamento: pode-se perder a batalha, mas não a guerra. E a guerra é contra a corrupção”.
O representante da Transparência Internacional também salientou que a nomeação de Lula é um fato sem precedentes nos países latino-americanos. “É uma situação ímpar. Eu não consigo pensar em outros exemplos na história recente da América Latina em que um presidente sob investigação se torna ministro de uma hora para outra”, avaliou.
Perguntado sobre a imagem do Brasil no exterior, Salas disse, à reportagem da Folha, que os fatos envolvendo a escolha de Lula passam “a impressão de que o Brasil ainda é um país muito fraco, com instituições que estão muito frágeis, e de que indivíduos são mais importantes que as instituições”.
Clique aqui para ler a entrevista completa no site da Folha de São Paulo.
*Do PSDB Nacional
———————-
Assessoria de Comunicação
Diretório Regional – PSDB/DF
(61) 3340-4145