O Mês da Mulher termina, mas a luta por igualdade continua. A desigualdade de gênero é aprendida e perpetuada por gerações, principalmente dentro de casa, através de gestos e exemplos cotidianos. Por isso, a educação tem um papel fundamental na desconstrução do machismo, tanto na família quanto na escola.
Meninos não nascem machistas ou agressivos; eles aprendem por imitação. Pais, mães e educadores têm a responsabilidade de ensinar respeito, igualdade e empatia desde cedo. A escola deve reforçar esses valores, incluindo temas como equidade de gênero, consentimento e direitos humanos nos currículos.
O combate ao machismo não depende apenas do empoderamento feminino, mas também da reeducação dos meninos para que sejam aliados nessa transformação. Precisamos revisar o que ensinamos – e o que deixamos de ensinar – para garantir um futuro onde a violência e a desigualdade de gênero sejam superadas. Se levarmos essa responsabilidade a sério, construiremos um futuro onde o machismo e a violência de gênero sejam, de fato, coisas do passado.
Por Luciana Loureiro, advogada, sócia do Loureiro Costa e Sousa Consultoria e Advocacia, fundadora da ABRADEP, presidente do PSDB-Mulher do DF e mãe do Bento.