Dengue, zika e chikungunya provocaram 794 mortes em 2016, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. O número corresponde a casos registrados até 24 de dezembro, quando o Brasil contabilizou 1.976.029 casos prováveis das três doenças, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti . No mesmo período de 2015, cerca de mil pessoas tinham morrido pelas mesmas enfermidades. A deputada federal Geovania de Sá (PSDB-SC), alerta que a redução no número de casos não sinaliza alívio. Para a parlamentar, o país ainda precisa avançar muito no combate às raízes do problema.
“O indicador ainda é alarmante. Por isso que a gente percebe que a promoção e prevenção em saúde são primordiais. Lá na base, nas unidades de atendimento, na saúde da família, desde a orientação e os cuidados, para que as pessoas estejam cientes dos males que essas doenças podem causar”, declarou a tucana.
O número de casos de dengue registrados no ano passado – quase 1,5 milhão – já é o segundo mais alto desde 1990. A doença veio acompanhada de um aumento vertiginoso nos casos da febre chikungunya, que passaram de 38.499 em 2015 para 265.554 registros em 2016. Foi também no ano passado que a zika, identificada pela primeira vez em abril de 2015, causou comoção pública, com 214.193 casos registrados. O avanço da microcefalia em recém-nascidos ligados à zika levou a Organização Mundial da Saúde a declarar situação de emergência. Diante do surto, Geovania destaca a importância de se investir em mais pesquisas.
“Nós temos que investir mais em pesquisa. Há uma necessidade muito grande. Porque às vezes fica só combatendo, o custo é mais elevado. Essa é a importância da atuação do governo federal e do Ministério da Saúde, para que façam um investimento maior na prevenção do que depois apagando um incêndio”, apontou.
O Ministério da Saúde informou que tem atuado junto às administrações municipais na manutenção de atividades de enfrentamento ao mosquito transmissor das doenças. A pasta tem realizado videoconferências com os novos gestores para incentivar ações como as “Sextas sem Mosquito”, implantadas no fim do ano passado, além de reforçar outras ações nacionais.
*Do PSDB Nacional