Brasília (DF) – A mais grave crise financeira da história da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), desencadeada por esquemas de corrupção e pelo desgoverno da gestão petista, obrigou a estatal a lançar um plano de demissão voluntária (PDV) que já recebeu até o momento a adesão de 3 mil funcionários. A expectativa, segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, é que o número chegue a pelo menos 5 mil. A empresa planeja ainda fechar cerca de 200 agências neste ano. As informações são de reportagem publicada pelo portal G1.
As medidas fazem parte de um plano de redução de custos e reestruturação da folha de pagamentos. Os Correios acumulam dois rombos de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos. Somente no ano passado, o prejuízo ficou em torno de R$ 2 bilhões. “Estamos trabalhando para reverter esse quadro. O objetivo é colocar a empresa no azul neste ano”, destacou Guilherme Campos.
Iniciado em janeiro, o Plano de Desligamento Incentivado para Aposentados (PDI) dos Correios tem como público-alvo os empregados com mais de 55 anos, com tempo de serviço para requerer aposentadoria. O prazo para adesão termina nesta sexta-feira (17). Com cortes de funções e cargos comissionados, a estatal diz já ter conseguido uma economia de 20% na folha de pagamentos de janeiro.
Já o fechamento das agências deve ocorrer sobretudo nos grandes centros urbanos. Atualmente, os Correios têm cerca de 6.500 agências próprias, e outras 1 mil franqueadas. “Estamos fazendo um processo de otimização onde houver superposição de agência, inclusive para poder aproveitar os reflexos do PDI”, explicou ao G1 o presidente da estatal.
Lei das Estatais
Vale destacar que a incompetência do PT não prejudicou apenas os Correios e a Petrobras, mas as estatais brasileiras no geral, que foram transformadas em cabides de empregos pelos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Para resolver o problema, o PSDB idealizou a Lei de Responsabilidade das Estatais, relatada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado. O texto estabelece critérios para a ocupação de cargos de direção nas estatais, com o objetivo de reduzir as indicações políticas e dar mais transparência e eficiências aos órgãos públicos.
Entre as determinações, a lei define que 25% dos membros dos conselhos de administração das estatais não podem ter qualquer vínculo com a empresa ou parentesco com detentores de cargos de chefia no Poder Executivo. Integrantes dos conselhos também devem ter pelo menos quatro anos de experiência na área de atuação da estatal, além de possuir experiência mínima de três anos em cargos de chefia e ter formação acadêmica compatível com suas funções.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do portal G1.
*Do PSDB Nacional