Equipe econômica do governo projeta alta de 1,6% no PIB em 2017

A aposta de que a mudança de governo faria a economia brasileira voltar a crescer está se confirmando. A perspectiva de elevação do PIB de 1,2% para 1,6% no Projeto de Lei Orçamentária para 2017, noticiada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (16), é prova disso. A equipe econômica escolhida pelo presidente em exercício, Michel Temer, começa a considerar a hipótese de crescimento maior do que o esperado, o que poderá reduzir a necessidade de aumento de impostos para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano.

Apesar da projeção de um rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas em 2017, Temer procura alternativas para evitar o aumento de tributos. A equipe econômica pretende mostrar que a meta orçamentária pode ser garantida com o aumento da arrecadação junto com a retomada do crescimento e a venda de ativos.

O deputado federal e economista Marcus Pestana (PSDB-MG) concorda com as medidas que estão sendo tomadas por parte da equipe econômica atual e disse que, apesar de modesta, a retomada da economia já começou.

“O ambiente é novo e propenso à melhorias, mas depende muito que nós congressistas façamos o dever de casa. As condições são muito favoráveis. Há muito dinheiro no mundo para entrar. Na escala global nós vivemos um momento de ampla liquidez”, disse.

Pestana endossou a ideia de que o aumento de impostos não é benéfico para o país. “É contrário ao desenvolvimento. Tirar dinheiro da sociedade, que já está sem dinheiro, para transferir para o setor público que geralmente gasta muito mal, não é o melhor caminho. Para que possamos voltar a crescer é preciso, no mínimo, congelar a carga tributária. Existem outros meios criativos para se erguer a economia, como o aumento da arrecadação e o corte de gastos”, afirmou Pestana.

Segundo a matéria do Estadão, mesmo diante da melhora do cenário econômico o governo ainda vai continuar reduzindo despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal.