Investimentos em empresas investigadas pela Operação Lava Jato provocaram perdas de R$ 900 milhões ao FI-FGTS – fundo de investimento que usa recursos dos trabalhadores para aplicar em infraestrutura e melhorar a rentabilidade do FGTS. De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta quarta-feira (22), pela primeira vez em seus oito anos o fundo registra prejuízos no resultado anual. A redução do patrimônio em 2015 de 3% foi provocada, principalmente, pela reserva de R$ 1,8 bilhão para cobrir o colapso da Sete Brasil, criada para construir e administrar os navios sondas do pré-sal. O fundo, criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também entrou na mira da operação após a prisão de um ex-membro do seu comitê de investimentos, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.
Para o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), o prejuízo causado pela Sete Brasil no FI-FGTS é apenas um exemplo de esquemas fraudulentos e má gestão dos investimentos que ocorreram para atender interesses políticos nos governos do ex-presidente Lula e da presidente afastada, Dilma Rousseff. “É uma demonstração pública de que o PT, ao contrário de ajudar os trabalhadores, em muitas áreas vem traindo os interesses da classe. O prejuízo que teve no FI-FGTS com a Sete Brasil mostra um exemplo claro do desinteresse dos governo Dilma e Lula com os trabalhadores, e o PSDB está atento a estas questões”, criticou o parlamentar.
Segundo o Estadão, além da Sete Brasil, o FI-FGTS chegou a ter mais de um terço do total do patrimônio líquido, de R$ 34 bilhões, aplicado em companhias envolvidas no escândalo do “petrolão” e também provocou prejuízos em algumas delas. Na lista, estão a Odebrecht Transport, a Odebrecht Ambiental, a OAS Óleo e Gás, e a CCR (concessionária de rodovias dos grupos Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa). Há uma expectativa na delação premiada, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do ex-presidente da Caixa que poderá revelar como funcionava o esquema de aprovação dos projetos que recebiam dinheiro do fundo.
Fundos
O tucano lembrou que um importante passo foi dado, nesta terça-feira (21), com a aprovação pelo Senado da Lei de Responsabilidade das Estatais – relatada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo Bonifácio, outra importante medida para coibir prejuízos aos brasileiros é a aprovação do projeto de Lei 388/2015, que cria um novo marco para a gestão dos fundos de pensão das empresas estatais.
Apresentado pelo senador Aécio Neves, o projeto substitutivo já foi aprovado no Senado e tramita atualmente na Câmara dos Deputados. Em pronunciamento no Senado, o presidente nacional do PSDB, inclusive, pediu urgência em sua aprovação, ressaltando que, assim como a Lei das Estatais, a matéria faz parte da pauta de projetos prioritários para o país que o PSDB apresentou ao presidente em exercício, Michel Temer.
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*Do PSDB Nacional
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