O ex-vereador de Americana (SP), o petista Alexandre Romano, também conhecido como Chambinho, disse em acordo de delação premiada que dinheiro desviado do Ministério do Planejamento foi usado para pagar dívidas de campanha do ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira. O depoimento faz parte das investigações da Operação Custo Brasil, deflagrada em junho.
Segundo matéria publicada nesta sexta-feira (22) pelo jornal Folha de S. Paulo, Chambinho afirmou que, após as eleições de 2014, Ferreira procurou seu sucessor no partido, na época o tesoureiro João Vaccari Neto, pedindo ajuda para quitar dívidas de campanha. Ferreira disputou o cargo de deputado federal pelo PT gaúcho, sem conseguir ser eleito.
Vaccari, por sua vez, pediu para Ferreira procurar Chambinho para que ele passasse a destinar dinheiro da Consist, empresa contratada pelo Planejamento, para firma indicada por Ferreira. A empresa indicada foi o escritório Portanova Advogados. Segundo o depoimento, mensalmente o escritório recebia R$ 60 mil, sendo metade para abater dívidas e a outra metade para pagamento de despesas pessoais de Ferreira.
O deputado federal Max Filho (PSDB-ES) disse que não se surpreende com a revelação de Chambinho e que o desvio de recursos não é uma prática isolada. “Trata-se do estilo petista de fazer política que contaminou quase todos os membros do governo anterior. Lamentavelmente isso se tornou uma prática. Durante a campanha eles falam uma coisa e na prática fazem outra”, disse.
O tucano destacou a necessidade do aperfeiçoamento do sistema de arrecadação para as campanhas eleitorais e a urgência em combater condutas como essa. “É preciso trocar pessoas, combater o aparelhamento político que contribui muito para esses repasses ilegais. Para esse tipo de prática não pode ter perdão. Quem desvia dinheiro público tem que ser banido da vida política. O que o Brasil precisa é de uma gestão profissional e de uma reforma cultural no que se refere a corrupção”, concluiu.
Ferreira usou notas fiscais frias para simular prestações de serviços para a Consist. Também se beneficiaram do esquema o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e seu advogado Guilherme Gonçalves.
*Da assessoria do PSDB Nacional
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