Depois de duas tentativas de mediar a negociação entre GDF e médicos (com reuniões no domingo e na segunda-feira), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu entrar com um pedido para que a justiça declare ilegal a greve dos médicos. O MP deve ingressar com a ação ainda hoje.
No documento, a promotoria do DF vai expressar a preocupação com os impactos que a paralisação da categoria causa sobre a população da cidade. Os médicos estão em greve desde a última sexta-feira (16).
Em assembleia na noite da última quinta-feira, o Sindicato dos Médicos decidiu paralisar os atendimentos eletivos na rede pública do Distrito Federal até pelo menos amanhã, quando haverá nova discussão da categoria. A classe está insatisfeita com a proposta do governo de parcelar as dívidas trabalhistas existentes desde outubro de 2014, como adicional de férias, horas extras e 13º salário. Na última semana, o GDF definiu o parcelamento dos atrasados até junho, o que não agradou aos médicos – nem aos professores, que rejeitaram a proposta imediatamente. Em reunião no Ministério Público do Distrito Federal e Terriórios (MPDFT) nesse domingo, o SindiMédico- DF apresentou uma contraproposta: que o governo pague os atrasados até março. Representantes do GDF se comprometeram a participar da assembleia dos médicos marcada para amanhã à noite, onde dirão se aceitam ou não a nova oferta.
Outra decisão do governo que irritou os médicos foi a de escalonar o pagamento dos salários dos servidores. A medida, que começa em fevereiro e não tem data para acabar, vai parcelar os salários dos servidores em até quatro vezes no mês.