PSDB – DF

Gestão petista montou organização criminosa na Petrobras, diz Izalci

Rio de Janeiro – Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A série de irregularidades envolvendo a gestão do PT dentro da Petrobras surpreende até mesmo os investigadores da Operação Lava Jato. De acordo com provas obtidas pela força-tarefa com os auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), existe um rombo até 70% maior nos desvios de obras da estatal do que o identificado anteriormente. O órgão conseguiu notas fiscais emitidas por fornecedores de materiais usados pelas empreiteiras nas obras da petrolífera.

Os documentos mostraram o custo real de alguns equipamentos específicos da indústria de petróleo, que antes não constava nos sistemas oficiais de pesquisa de preços consultados pelo tribunal. Para o presidente do PSDB-DF, deputado federal Izalci Lucas, a gestão petista se empenhou em estabelecer uma organização criminosa dentro da estatal.

“Eu fiz um voto separado na CPI da Petrobras falando tudo isso: foi realmente uma organização criminosa que fizeram para saquear os cofres públicos. Agora, eles são criativos. Tem muita coisa ainda que você vai descobrindo aos poucos. Não é surpresa que até porque a gente acompanhou de perto tudo isso. Mas nós vamos descobrir muita coisa ainda. A cada operação, cada CPI.”

O TCU reavaliou um contrato relativo ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e três da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo os auditores do órgão, a Petrobras perdeu, apenas nesses quatro contratos, mais de R$ 3,5 bilhões – em valores atualizados. No contrato da estatal com o consórcio integrado pela Odebrecht e a UTC Engenharia, houve um superfaturamento 70% maior do que o apontado pela auditoria anterior. Na avaliação do deputado Izalci Lucas, a população foi a maior prejudicada com a situação.

“Quem perde é a sociedade. Por isso que está essa falta de recursos, com problemas na saúde, educação, segurança. Exatamente pelo desvio, pela corrupção, falta de gestão. Quando não existe gestão pública, ou ela existe e não é eficiente, o rombo é muito maior do que o quê foi desviado”, apontou. Também se constatou que a própria realização do contrato com o consórcio foi irregular, com dispensa de licitação. O TCU justificou que essas contratações ocorreram por meio pagamento de propinas a gestores da Petrobras. Os auditores ainda sugeriram o bloqueio dos bens de seis pessoas, entre executivos da estatal e das empreiteiras, e de sete empresas dos grupos integrantes dos consórcios, incluindo UTC e Odebrecht, para garantir o ressarcimento dos prejuízos.

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