A desastrada política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff provocou uma verdadeira turbulência no setor aéreo do país. A alta do dólar, a queda do PIB, a incerteza do cenário político do país e a perda do poder aquisitivo da população obrigaram as companhias áreas brasileiras a cortarem mais de 3 mil voos na última semana.
Para o líder da Oposição na Câmara, deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), a aviação é mais uma atividade que sofre com a má gestão da presidente Dilma na economia do país. “O Brasil está com o PIB negativo, estamos com 11 milhões de pessoas desempregadas, a grande maioria das empresas não investem mais, algumas encerraram suas atividades e a aviação está dentro desse contexto. Diminiu o número de voos, tem dificuldades na manutenção de suas aeronaves, temos aí um grande número de pilotos desempregados e isso é sintoma da má gestão da economia no país, da farra com a corrupção, problemas relacionados com a Petrobras e outras empresas públicas no Brasil que perderam o valor nestes últimos 12 anos e, principalmente, nesse início do segundo governo Dilma”, afirmou.
A crise econômica não só diminuiu o número de passageiros que viajam a turismo, mas também as pessoas que viajam a trabalho. De acordo com matéria do Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, com menos investimentos, menos negócios são fechados e os executivos – responsáveis por 65% da procura total de passagens aéreas no Brasil – voam menos. No primeiro trimestre deste ano, o número de viagens caiu 4,8% em relação ao período de janeiro a março do ano passado.
“As pessoas investem menos, têm menor poder aquisitivo, a renda familiar diminuiu porque há sempre uma ou duas pessoas desempregadas em cada família, e isso faz com que você, ou a passeio ou a trabalho, corte as despesas. E esse é o setor que, naturalmente, é um dos primeiros que sentem esse reflexo”, destaca o tucano, que é suplente da Comissão de Viação e Transportes na Câmara.
Além da queda do movimento, também houve aumento de custos devido à alta do dólar, já que 60% dos gastos das companhias aéreas seguem a variação da moeda americana. Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas ouvido pelo Bom Dia Brasil, disse que as tarifas caíram, em média, 19% no ano passado em relação a 2014 – e os custos subiram 24%.
Para se ajustar à queda de passageiros, as companhias estão diminuindo a frequencia dos voos. Os últimos dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em fevereiro de 2015, as empresas aéreas operavam 69.700 voos domésticos regulares e caíram para 65.590 neste ano. Os voos internacionais também passaram de 11.220 para 10.937. Além das reduções das frotas – o que para a Proteste, associação de defesa do direitos do consumidores, deve significar o aumento das passagens aéreas –, as empresas áreas estão renegociando dívidas, contratos de leasing e até mesmo a devolução de aeronaves, como a Azul – que vai devolver 20 para a portuguesa TAP.
*Do PSDB Nacional
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