Apesar de 2016 já estar em seu terceiro mês, as más notícias sobre 2015 – um dos anos em que a economia brasileira mais retrocedeu em tempos recentes – não param de surgir. O Produto Interno Bruto (PIB) do país deve fechar o ano com queda média de 3,9%, de acordo com média das estimativas de 23 analistas consultados pelo jornal Valor Econômico. Os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a atividade econômica no quarto semestre do ano passado serão divulgados nesta quinta-feira (3), mas as projeções dos especialistas ouvidos pelo Valor indicam que o período registrará uma queda média de 1,6%, na comparação com os três meses anteriores.
O confronto entre o quarto e o terceiro semestre do ano passado aponta também que a recessão econômica atinge todos os setores, com uma única exceção: o agronegócio. Todas as outras previsões indicam recuo no último semestre do ano, com destaque negativo para os investimentos e os serviços. Com queda de 6,9% e 1,1%, respectivamente, ambos tiveram no período entre outubro e dezembro seu pior desempenho trimestral em 2015. O menor recuo, curiosamente, é registrado nos gastos do governo, que apresentaram queda de apenas 0,3% no quarto semestre.
Ainda de acordo com a reportagem do Valor, os maus resultados apresentados no fim do ano passado devem se estender ao início de 2016. Na avaliação de economistas, os primeiros três meses devem apresentar os piores resultados do ano. O Itaú, por exemplo, acredita em queda de 1,1% do PIB para o período, na comparação com o último semestre de 2015. A GO Associados acredita em um cenário ainda pior, com retração de 1,4%. Na média das projeções, todos os trimestres do ano devem apresentar resultados negativos na atividade econômica.
A volta do crescimento, mesmo que diminuto, deve acontecer somente a partir de 2017, ainda segundo os prognósticos dos analistas, entre os quais está o de Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, que aponta queda de 4% no PIB em 2016. “A confiança segue em níveis historicamente baixos, o cenário externo é complicado, há chance de nenhuma medida fiscal passar pelo Congresso. Em resumo, o balanço de riscos pende para o lado negativo”, analisou
*Do PSDB Nacional
—————
Assessoria de Comunicação
Diretório Regional – PSDB/DF
(61) 3340-4145