Brasília (DF) – Após afirmar ter recebido apenas uma doação da construtora Queiroz Galvão na campanha eleitoral de 2014, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foi desmentida por sua própria declaração, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento mostra que a parlamentar recebeu R$ 410 mil em doações de duas subsidiárias da construtora, investigada na Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (9) pelo “Jornal Nacional”, da Rede Globo.
Uma das mais ferrenhas defensoras do governo da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, Jandira foi citada na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo o delator, a deputada teria pedido a ele que intermediasse doações da empreiteira para a sua campanha eleitoral.
Matéria do jornal O Globo desta sexta-feira (10) revela que, em 2014, Jandira recebeu R$ 300 mil da Energia Verde Produção Rural Ltda e R$ 110 mil da Cia. Siderúrgica Vale do Pindaré. As duas empresas são subsidiárias da Queiroz Galvão. As doações equivalem a mais de um terço do valor total arrecadado na campanha da deputada, que foi de R$ 1.173.855,49.
Em 2010, Feghali também recebeu doações de outras empresas investigadas na Lava-Jato: R$ 120 mil da UTC, R$ 100 mil da Mendes Júnior, divididas em duas doações, e R$ 30 mil do estaleiro Keppel Fels. A deputada é a pré-candidata do PCdoB à prefeitura do Rio de Janeiro.
Mudança de versão
Em nota divulgada na quarta-feira (8), Jandira tentou explicar as informações dadas por Sérgio Machado justificando que tinha recebido uma única doação, de R$ 100 mil, da construtora. A versão mudou em nota enviada ao “Jornal Nacional”. A deputada alegou que os valores recebidos das subsidiárias em 2014 foram via PCdoB.
Ela também admitiu ter pedido uma “ajuda pessoal” ao ex-presidente da Transpetro, mas negou irregularidades em suas doações eleitorais.
Leia AQUI a íntegra da matéria do jornal O Globo.
*Do PSDB Nacional
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