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João Santana recebeu US$ 16,6 milhões da Odebrecht, diz delator

joaos-santana_ebc5b220Novas irregularidades em torno das campanhas presidenciais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (em 2006) e da presidente afastada, Dilma Rousseff (em 2010 e 2014), foram apontadas por meio de mais um acordo de delação premiada. O delator da vez é o executivo Vinícius Veiga Borin, que relatou que a offshore Shellbill Finance, do marqueteiro responsável pelas campanhas petistas, João Santana, teria recebido US$ 16,6 milhões de três offshores usadas pela Odebrecht.Segundo matéria publicada nesta segunda-feira (20) pelo jornal O Estado de S. Paulo, esse valor é quase o triplo do já rastreado pela Operação Lava-Jato na conta de Santana na Suiça (US$ 6,4 milhões). Os investigadores também identificaram que o marqueteiro e sua mulher e sócia, Monica Moura, teriam recebido no Brasil outros R$ 23,5 milhões.

O secretário-geral do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), acredita que as novas evidências vão complicar ainda mais a vida do casal, que já está preso. Torres prevê uma nova contribuição à Justiça a partir dos dois. “É muito provável que o João Santana e a esposa não vão querer ficar presos. Eles estão sendo julgados em Curitiba sob a supervisão do juiz Sérgio Moro. Independentemente dessas novas informações, que certamente serão adicionadas ao processo, uma delação do casal praticamente aniquilaria qualquer esquema de corrupção. Essas informações comprovam que houve abuso de poder econômico e utilização de propina para pagamento de trabalho de marqueteiros”, afirmou.

O tucano ressalta que as provas já encontradas seriam motivo suficiente para a cassação da chapa de Dilma pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele destaca a necessidade de mudanças nas regras de financiamento de campanha para evitar esquemas de desvio de recursos.

“Foi dado um passo importante no sentido de impedir que empresas façam doações para o pagamento de marqueteiros. Se as campanhas dependessem apenas de pessoas físicas e do fundo partidário as coisas seriam diferentes. Esse modelo de corrupção já está tão devassado que os candidatos vão pensar muitas vezes antes de optar por esquemas dessa natureza”, concluiu.

A contribuição de Borin está sob a análise do juiz Sérgio Moro, que decidirá se homologará a colaboração premiada do empresário.

*Da assessoria do PSDB Nacional

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