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Ligado à CUT, ex-conselheiro do FGTS é acusado de receber propina

logofgts_v2O ex-conselheiro do FGTS André Luiz de Souza, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), é suspeito de ser beneficiário de repasses em conta no exterior, por meio de uma empresa offshore. É o que aponta uma das mais recentes delações premiadas acordadas com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Operação Lava Jato. Sempre por indicação da CUT, Souza já integrou o conselho curador do FGTS, o grupo de apoio permanente que assessora o conselho, além do comitê de investimento do FI-FGTS –última função exercida até 2012.

De acordo com matéria do jornal O Globo desta segunda-feira (21), os proprietários da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, afirmam ter feito cinco repasses a Souza no exterior. O valor, a partir de uma conta em Genebra, na Suíça, soma US$ 400,3 mil (R$ 1,44 milhão).

Segundo o jornal, nos seus depoimentos, os empresários afirmaram que os pagamentos ao ex-conselheiro tiveram relação com o Porto Maravilha, no Rio. “André tem uma empresa de estruturação imobiliária. Em um primeiro momento, havia a ideia de se fazer empreendimentos imobiliários pelo consórcio OAS, Odebrecht e Carioca, em terrenos públicos dentro da área do porto.”

De acordo com O Globo, os delatores disseram que a Carioca fez um contrato com uma empresa de Souza, a Nova Advisors Consultoria em Negócios, para um empreendimento imobiliário na área do porto. O projeto não teve êxito. No entanto, um segundo contrato foi feito para “estudo de estruturação imobiliária de um outro terreno”. “Por conta deste segundo contrato, foram feitos cinco pagamentos no exterior, da Cliver para a conta da offshore Belmond LTD, indicada por André de Souza, em um total de US$ 400.343,60”, relataram.

Cunha

A reportagem de O Globo revela, ainda, que a empresa offshore usada para transferir dinheiro é a mesma que serviu para repassar propina a nove contas no exterior em benefício do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB- RJ), como revelaram os delatores. Eles disseram que a Carioca usou a Cliver, com conta no Delta Bank, para fazer os repasses.

Cunha é suspeito de ser beneficiário de propina em 13 contas, como revelado pelo jornal no último dia 11, e os empresários listaram nove delas, para as quais transferiram US$ 4,68 milhões (R$ 16,84 milhões). Um novo inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suspeita.

O financiamento do Porto Maravilha é feito pelo FGTS e a Caixa adquiriu títulos para a execução da obra no valor de R$ 3,5 bilhões. A suposta propina a Cunha, segundo a delação, tem relação com o mesmo projeto. O deputado seria remunerado em 1,5% (R$ 52,5 milhões) para assegurar os desembolsos, uma vez que tinha influência sobre Fábio Cleto, um vice- presidente da Caixa.

A matéria do jornal mostra, ainda, que a atuação de Souza nos colegiados do FGTS e do FI-FGTS foi questionada em auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), que resultou em 2012 em investigação no Tribunal de Contas da União (TCU) e num inquérito civil público na Procuradoria da República, no Distrito Federal. Souza, que atuou num projeto de moradia em 1999 e em 2000 no Instituto Cidadania, antecessor do Instituto Lula, é investigado nos dois procedimentos.

*Do PSDB Nacional
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