O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que esteve, em 2014, no tríplex investigado pela Operação Lava Jato, acompanhado de sua mulher Marisa Letícia e do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro. A confissão foi publicada por meio de nota no último sábado (30), no site do Instituto Lula, e contraria a versão apresentada por funcionários que trabalham no prédio.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (01), Lula diz na nota que esteve “uma única vez” no imóvel, mas os funcionários afirmam que o ex-presidente e sua mulher foram pessoalmente ao tríplex em pelo menos duas ocasiões. Léo Pinheiro foi condenado a 16 anos na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Para o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), se de fato não existisse irregularidades junto ao imóvel, Lula “teria dado essa resposta desde o início”. “Ele literalmente mudou a versão toda que o advogado dele deu na primeira vez. Alguma coisa tem de errado. Esse relacionamento dele com as empreiteiras não está certo e todo mundo sabe disso. É um relacionamento que beira a promiscuidade”, disse.
Lula e Marisa foram intimados pelo Ministério Público Estadual a prestar depoimentos no próximo dia 17. O objetivo é investigar oito empreendimentos da Cooperativa Habitacional do Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop) assumidos pela OAS, empreiteira investigada pela Operação Lava-Jato.
O ex-presidente disse na nota que considera as apurações da PF como “notícias infundadas, boatos e ilações”. Fabio Sousa acredita que essas declarações são uma tentativa de Lula de desmentir os acontecimentos. “Não tem como você esconder fatos. Eles provam por si só. Confrontar isso é complicado. Ele não consegue enganar mais ninguém. Quanto mais o tempo passa, mais vão aparecer indícios”, afirma.
A Bancoop, cooperativa que sempre foi administrada pelo PT, já prejudicou milhares de pessoas em São Paulo, “menos as famílias do Lula, do Vaccari, e de outros integrantes da elite do PT”, afirma o deputado tucano. “A maioria das pessoas que participou com boas intenções dessa cooperativa de bancários tomou muito prejuízo, tanto é que foi motivo de CPI no estado de São Paulo, investigação do Ministério Público de processos judiciais. O último presidente da Bancoop foi o Vaccari, daí você já vê que tem alguma coisa errada”.
As disputas judiciais para o ressarcimento dos danos causados aos compradores de imóveis da Bancoop já se arrastam desde 2006. Os últimos imóveis entregues pela Bancoop foram em 2005. As pessoas que já conseguiram o direito de morar lutam agora para garantir as escrituras.
*Da assessoria do PSDB Nacional
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