A política de redução dos juros bancários anunciada com estardalhaço pelo governo Dilma em abril de 2012 acabou se revelando um fiasco e mais um exemplo de populismo. O objetivo era forçar o setor privado a reduzir seus juros, mas a Caixa, controlada 100% pelo governo, precisou recuar, tanto na taxa quanto na concessão de crédito, quando viu a inadimplência subir aos maiores níveis desde 2009, o que contribuiu para colocar em discussão sua saúde financeira.
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo deste domingo (21), a medida foi necessária para que a Caixa não atingisse o limite de empréstimos que seu capital permite fazer, o que poderia exigir nova injeção de recursos, algo difícil num momento em que o Tesouro precisa reequilibrar suas contas. Já o Banco do Brasil buscou uma política mais conservadora de concessões e, até o momento, não apresenta problemas nos seus balanços em relação a essa estratégia.
Desde 2014, tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil já vinham aproximando suas taxas da média do mercado. Segundo a Folha, esse processo se intensificou no ano passado, quando o aumento dos juros ajudou a amplificar o trabalho do Banco Central de controle da inflação.
Dados do BC apontam que, no final de 2015, a diferença entre as taxas médias nessas instituições e nas privadas voltou a se tornar irrelevante nas principais linhas de crédito ao consumo. No cheque especial, por exemplo, a Caixa chegou a ter taxa média quase 50% menor que a do Itaú Unibanco e do Bradesco no fim de 2013, mas dois depois estavam todas no mesmo patamar. O mesmo acontece no consignado para beneficiários do INSS e servidores públicos, crédito pessoal (CDC) e cartão de crédito rotativo, os dois grandes bancos públicos já não oferecem mais sempre taxas menores.
Segundo a Folha, o “spread” bancário, diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o que ele cobra do cliente, era de 36 pontos percentuais para o crédito ao consumo no início de 2011. Caiu para 32 em meados de 2013, mas subiu para 48 pontos no fim de 2015.
*Do PSDB Nacional
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