
Brasília (DF) – O Ministério da Cultura (MinC) decidiu propor a revisão de uma meta apresentada pelo próprio gabinete para o Vale-Cultura. Devido à lentidão das adesões ao benefício, o programa, previsto pelo governo no Plano Nacional de Cultura (PNC) para beneficiar 12 milhões de trabalhadores até o fim de 2020, deverá sofrer uma redução de 75%, passando a atingir apenas três milhões de brasileiros até o fim da década.
De acordo com o jornal O Globo desta segunda-feira (1º), o encolhimento será discutido depois do fim do processo de consulta pública de revisão das metas do PNC, que vai até o próximo dia 15.
Dados obtidos pela Agência Lupa apontam que, até o fim de 2015, apenas 457 mil trabalhadores haviam aderido ao programa, o que representa apenas 3,8% da meta original. Em janeiro, o número está em cerca de 465 mil.
Segundo a reportagem, os sinais de desaceleração começaram a aparecer quando a presidente Dilma Rousseff sancionou, em janeiro deste ano, o Plano Plurianual 2016-2019. Nele, o governo projeta 2 milhões de beneficiados pelo vale-cultura até 2019.
O maior gargalo, de acordo com o jornal, é a estrutura do benefício. Enquanto fazia campanha pela aprovação do vale-cultura, a ex-ministra Marta Suplicy costumava apresentar números superlativos a seus interlocutores. Ela dizia que o benefício trabalhista teria potencial para injetar cerca de R$ 11,3 bilhões na economia do setor. No entanto, dados obtidos pela Lupa mostram que, até o fim do ano passado, apenas R$ 219 milhões foram gastos pelos usuários do programa.
Metas superestimadas
Ao jornal, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura da segunda gestão do ministro da Cultura, Juca Ferreira, negou que o programa tenha sido negligenciado, mas que as projeções iniciais eram superestimadas. “As projeções do Ministério foram otimistas demais. Estamos propondo uma meta mais realista”, declarou.
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*Da assessoria do PSDB Nacional
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