O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE ), Gilmar Mendes, encontrou indícios de que a campanha da presidente Dilma Rousseff teria sido abastecida com dinheiro desviado da Petrobras.
Documentos enviados pelo ministro ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e à Polícia Federal recomendam a abertura de investigação criminal.
De acordo com Gilmar Mendes, tais práticas ensejariam abertura de ação penal pública. O ministro determinou ainda o envio das informações à Corregedoria Eleitoral, para que o órgão investigue se houve algum tipo de ilegalidade na prestação de contas do PT.
As investigações são do site do jornal ‘O Globo’.
Embora as contas da campanha de Dilma tenham sido aprovadas após as eleições em 2014, o ministro Gilmar Mendes, relator do processo na época, optou por não ecerrá-lo até a averiguação de indícios de irregularidades.
“É importante ressaltar que, julgadas as contas da candidata e do partido em dezembro de 2014, apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina”, escreveu o ministro.
Mendes acrescentou ainda que “o dinheiro recebido pelas empresas nos contratos mantidos com a Petrobras teria sido, supostamente, devolvido em forma de propina ao PT, travestida de doação de campanha, entregue diretamente ao seu tesoureiro, ou oculta por meio de financiamento de publicidade”.
O relator concluiu que pode ter havido violação da Lei das Eleições, já que, em tese, o financiamento indireto de campanha por empresa impedida de doar, já que a Petrobras é uma sociedade de economia mista.
E finalizou destacando que “havia, supostamente, entrada ilegal de recursos públicos e saída de dinheiro da campanha em forma de gastos mascarados”.
Confira aqui a íntegra.