Os moradores do Itapoã querem uma rodoviária, para não ter mais que passar obrigatoriamente pelo Paranoá para ir ao Plano Piloto ou qualquer outra região administrativa. Outro problema da população é a segurança. Os moradores estão assustados com os furtos, roubos e assaltos. Essas sãos as principais prioridades dos moradores, reveladas ontem (20) à noite na plenária do PSDB Quer Ouvir Você, na Cidade e no Campo, realizada no Itapoã.
O programa PSDB Quer Ouvir Você tem como objetivo ouvir a população de cada região administrativa do DF. Ontem, durante todo o dia, um ônibus do partido permaneceu na cidade. Jovens tucanos, portando tablets, entrevistaram centenas de moradores para ouvir os seus anseios e saber os principais problemas da região.
À noite, na plenária, moradores e lideranças convidadas, cerca de 100 pessoas, discutiram os problemas, com o objetivo de contribuir na elaboração do programa de governo do partido. O Itapoã nasceu de uma invasão no fim da década de 90, mas começou a crescer a partir de 2001. Hoje vivem nessa região administrativa quase 70 mil pessoas. É considerada a segunda mais pobre região do DF. A primeira é a Estrutural.
A moradora Sandra Maria da Silva disse, na plenária, que “ninguém aguenta mais os assaltos”. Ela contou que foi assaltada duas vezes e chegou a ser agredida fisicamente pelo ladrão. “Quero que me ajudem com um advogado para eu processar o Estado, porque pago impostos e o governo não me dá segurança”, disse a emocionada moradora do Itapoã.
Pré-candidatos participaram do encontro para ouvir os moradores. Representando o pré-candidato a governador do DF pelo PSDB, Luiz Pitiman, estava o seu filho, Thiago Pitiman. “Ele não pode vir pois está neste momento mantendo conversas sobre as coligações do partido, por isso pediu que eu o representasse, por que o importante é ouvir o que a população quer, para em cima disso se fazer os planos e projetos”, disse Thiago Pitiman.
A moradora Celene Pedreira, autônoma, expressou seu descontentamento com o abandono da cidade por parte do Governo do Distrito Federal. “Não temos creches, transporte, segurança, asfalto, nada”, lamentou ela, lembrando que as vezes tem que colocar um saco plástico sobre os sapatos para não sujar os pés de lama ou de poeira.