Brasília (DF) – Trabalhando para desvendar as ligações entre o escândalo da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, e o mensalão, esquema de compra de votos orquestrado pela base do governo federal, o Ministério Público Federal de Curitiba deve convocar para depor o publicitário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão no julgamento do mensalão. Os procuradores também não descartam a possibilidade de negociar com Valério um acordo de delação premiada.
As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (16/12) pelo jornal O Globo. De acordo com a publicação, ainda em 2012, em uma tentativa de negociar um acordo de delação, Valério teria citado pela primeira vez o empréstimo feito pelo Banco Schahin ao empresário e amigo do ex-presidente Lula José Carlos Bumlai. O dinheiro era destinado ao PT.
Segundo Valério, o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, pediu ajuda a ele porque dirigentes do PT estariam sendo chantageados por Ronan Maria Pinto. O empresário negou as acusações.
Vale lembrar ainda que em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró acusou sócios da rede de postos Derivados do Brasil (DVBR), entre eles o fundador do BTG Pactual, André Esteves, de terem pago propina de R$ 10 milhões ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). O banqueiro André Esteves foi preso em novembro, suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato junto com o então líder do governo petista no Senado, Delcídio Amaral.
Da assessoria do PSDB Nacional
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