PSDB – DF

Novo quadro do GDF

rollemberg-df-nina-quintana-futura-press-02Em coletiva concedida à imprensa no último sábado (13), o  governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou acreditar que vai receber o Distrito Federal com um rombo de R$ 3,8 bilhões nos cofres públicos, somando gastos e contratos feitos e ainda não pagos, além de cem riscos à prestação de serviços. A atual gestão negou que exista essa situação e disse estar trabalhando para entregar o governo “em perfeito funcionamento e com as contas em dia”.

As informações apresentadas são baseadas na análise das finanças, levantadas pela equipe de transição desde o resultado do pleito. Para elaboração dos dados, a equipe foi dividida em seis grandes coordenações e oito grupos temáticos.

O déficit estimado aumentou em relação ao primeiro pronunciamento, quando o esperado era de R$ 2,1 bilhões. Rollemberg também disse na ocasião estar convicto de não ser “o salvador da pátria”. Ele foi eleito em segundo turno com 55,56% dos votos. Na época, a Secretaria de Comunicação do GDF negou a existência de dívidas e afirmou que, conhecendo os números de arrecadação e gastos, a transição veria que não havia déficit.

“[Vemos] Um total descontrole, total desorganização e total irresponsabilidade administrativa, com o aumento exponencial dos gastos. Gastos muitas vezes contratados sem o apoio, sem o acordo, sem a concordância da Secretaria de Fazenda”, declarou neste sábado o novo chefe do Executivo. “Eu diria que na história política do DF nunca houve um desequilíbrio financeiro e orçamentário como estamos assistindo nesse final de governo”.

Rollemberg disse ainda haver um “apagão de gestão”. “Temos informações de que, pela primeira vez na história do DF, o DF não conseguirá honrar os pagamentos de salários de 2014 com recursos de 2014. […] O DF não pagará os salários com o tesouro, com o orçamento, descumprindo com isso a Lei de Responsabilidade Fiscal.”

Entre os riscos apontados estão falta de professores para os ensinos infantil e fundamental, falta de remédios na Farmácia Central, descontinuidade nos serviços de limpeza, vigilância e lavanderia da área de saúde por falta de repasse, falta de manutenção dos equipamentos da Polícia Militar, perda de investimentos no transporte público e risco de interrupção dos serviços do Metrô. O futuro gestor não estimou tempo para “solucionar” os problemas, mas disse que trabalha com medidas para os primeiros 120 dias.

“Ao longo da campanha eu usei uma expressão que no nosso entendimento expressava a situação: ‘apagão de gestão’. A população do DF já sentia na má qualidade, na interrupção dos serviços públicos, que havia um apagão de gestão. Mas quero confessar a vocês que, após o segundo turno, quando tivemos a oportunidade de nos debruçarmos de forma mais detalhada sobre informações e números do DF, nós não imaginávamos que a situação fosse tão grave. A situação é efeitvamente muito mais grave do que imaginávamos”, disse.

Ver mais