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Oposição protesta em frente ao Palácio do Planalto e dá “aviso prévio” à presidente

Protesto Dilma 2Os deputados da oposição realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (7) em frente ao Palácio do Planalto. Uma faixa com os dizeres “Aviso Prévio: Impeachment Já!” foi erguida pelos parlamentares, que levaram uma mala em alusão à saída da Dilma Rousseff da Presidência da República.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA),explicou que a manifestação, além de marcar mais uma vez a posição dos deputados a favor do impedimento de Dilma, serviu para avisá-la de que seus dias como presidente estão contados.

“Ontem foi um dia decisivo em que foi apresentado o parecer do relator Jovair Arantes indicando claramente que a presidente cometeu crime de responsabilidade, prejudicou o país, destruiu a economia com desemprego, inflação, mensalão e petrolão. Crimes foram praticados, ela violou a democracia, fraudou as eleições e hoje nós viemos aqui dar a ela o aviso prévio. Só que o dela é de dez dias, pois já na próxima semana o plenário da Câmara vai votar o seu merecido e constitucional impeachment”, disse Imbassahy.

O líder ressaltou que, pela Constituição, o chefe do Executivo que comete crime de responsabilidade tem que deixar o cargo. Em seu parecer na Comissão do Impeachment, o relator Jovair Arantes (PTB-GO) apontou a “magnitude e o alcance das violações praticadas pela presidente da República”.

Além de Imbassahy, outros líderes partidários participaram do protesto, entre eles, Pauderney Avelino (DEM), Paulo Pereira da Silva (SD) e Rubens Bueno (PPS). Representantes do PSC e PMDB também marcaram presença.

Os parlamentares se reuniram no Salão Verde da Câmara, de onde saíram entoando palavras de ordem. Juntos, cantaram o Hino Nacional e músicas em referência ao fim do governo: “Chora petista, bolivariano, a roubalheira do PT tá acabando. Tua conduta é imoral, fere os princípios da CF nacional” e “Está chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem, e a Dilma já vai embora” embalaram o protesto.

Uma chuva de notas de “petrodólares” e “pixulecos” foi promovida pelos deputados.  Em referência à compra de votos promovida pelo governo, cooptando parlamentares em troca de cargos, a mala deixada em frente ao Planalto continha frases como “estou indo embora”, “impeachment já” e “preço: 20 votos – Energia, 15 votos – Turismo”.

O deputado Nilson Leitão (MT) disse que é preciso se atentar a essa “compra de deputados”. “O Brasil tem que cobrar seus deputados em cada estado. Estamos em contagem regressiva”, alertou.

O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), afirmou que os dias do governo Dilma estão contados. Segundo ele, antes do simbólico dia 21 de abril (Tiradentes), o governo já terá sido “batido pela força do povo”.

O deputado Bruno Araújo (PE) reforçou a ideia do “aviso prévio” à presidente e afirmou que os parlamentares presentes ao ato representavam o desejo da sociedade. “O aviso prévio na legislação brasileira é de trinta dias, mas o de Dilma é de apenas 10. Até o final da semana que vem, com o processo de impeachment concluído no plenário, o Brasil virará uma página a ser esquecida de nossa história”, justificou.

Também presente, Lobbe Neto (SP) ressaltou que sobram motivos para o impedimento. “Pedaladas, decretos sem que a parte orçamentária esteja preparada. Isso é crime de responsabilidade fiscal”, exclamou. “Não dá mais! 82% dos brasileiros pedem o impeachment desse desgoverno que ainda tenta enganar a população. Mentiram durante a campanha e continuam mentindo”, completou Lobbe.

TRABALHO NA COMISSÃO

Pouco antes do protesto, Imbassahy concedeu entrevista à TV Globo e reforçou apoio ao parecer apresentado por Jovair Arantes. O líder tucano defendeu que a comissão do impeachment trabalhe no final de semana para que o tempo regimental seja cumprido à risca. Segundo ele, o regimento determina que o relatório seja votado exatamente após cinco sessões da Câmara. Nesse caso, a data prevista para votação é na segunda-feira (11). O tucano disse que é preciso que o colegiado continue seguindo todas as regras, como tem feito até agora. “Se for preciso trabalhar sábado, domingo e pela madrugada, nós vamos trabalhar”, garantiu.

* Da liderança do PSDB na Câmara

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