A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor — Classe 1 (IPC-C1) – mostra que os consumidores mais prejudicados pela carestia são aqueles que recebem de 1 até 2,5 salários-mínimos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida nos últimos 12 meses para essa faixa de renda chega a 11,22%, extrapolando em muito a meta estipulada pelo governo de 4,5%. As informações são de matéria publicada nesta terça-feira (8) no jornal Correio Braziliense.
Parte do orçamento de muitas famílias brasileiras é constituída por programas assistenciais e, com a alta dos preços, o poder de compra despenca. O economista e professor da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli explica que se o reajuste do Bolsa Família, por exemplo, não for feito na mesma proporção da inflação, a pobreza aumentará.
As despesas com a alimentação tiveram um aumento de 0,45%, em outubro, para 2,32%, em novembro. As hortaliças e legumes foram os itens que mais influenciaram o segmento passando de uma queda de 12,36% para uma alta de 22,92% entre os dois meses. Entre os alimentos que registraram maior alta estão batata, tomate e cebola.
Os consumidores estão tendo que que abrir mão de alguns alimentos para conseguir manter o básico. É o caso da aposentada Luzia da Silva, 57 anos, que em entrevista para o Correio, contou que tenta evitar estourar o orçamento optando por frango. Além disso, busca alternativas para tentar suavizar os gastos com mercado. “A estratégia que comecei a usar e tem funcionado é economizar na conta de energia. Assim, minhas compras não ficam tão prejudicadas”, explica.
Quem come em restaurante também está sentindo o peso da inflação. A analista de sistemas, Ana Cristina Pereira, 49 anos, explica que nunca sentiu tanta dificuldade para controlar o orçamento. “Sempre almocei em restaurante. Antes eu gastava R$ 20 por dia, hoje não é menos de R$ 50”, lamenta.
Da assessoria do PSDB Nacional
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