Brasília (DF) – Em entrevista publicada nesta terça-feira (13) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, avaliou como positiva a participação do Brasil na reunião do G-20, que reúne as maiores economias do mundo, e em encontro com os Brics – grupo de que fazem parte Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Para o chanceler, o presidente Michel Temer conseguiu passar aos demais países uma impressão de “seriedade, tranquilidade e determinação”.
“Estou falando isso sem nenhum governismo. Do ponto de vista dos Estados Unidos, o Joe Biden [vice-presidente americano] deu uma excelente declaração. A Argentina deu uma nota formal a partir da assunção do Temer, também positiva. O Chile, que é um governo do partido socialista, disse que quer fortalecer a relação bilateral. A Colômbia foi na mesma direção e chamou o governo de constitucional. O Peru foi na mesma direção”, exemplificou.
O ministro destacou que, em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), Argentina, Paraguai, México, Colômbia, Chile, Granada e Jamaica manifestaram posição favorável ao governo Temer. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também disse confiar que, sob a liderança de Temer, Brasil e a ONU darão continuidade à sua tradicional parceria.
O maior desafio do governo Temer, de acordo com José Serra, será governar, o que não justifica uma visão pessimista sobre o futuro. “Tem um quadro econômico difícil, uma herança econômica difícil, um processo legislativo complexo que envolve muitas mexidas na Constituição. Tem uma base ainda heterogênea, mas ao longo do tempo a esperança é que ela se torne mais homogênea, mais integrada. E tem uma oposição atuante. Que já se move por meio dos seus quadros, principalmente centrados no PT. Não vai ser fácil. Vai exigir bastante. Mas não justifica uma visão pessimista sobre o futuro – pelo contrário”, disse.
Ao Estadão, o ministro das Relações Exteriores afirmou também que pretende estreitar as relações entre Brasil e China, atraindo o investimento estrangeiro para o país. “Por um lado, queremos exportação de capital chinês para infraestrutura no Brasil. É o caso típico da compra da CPFL. Dou especial valor a isso, porque o fato é que a distribuição de energia se deteriorou no Brasil na última década, nos governos do PT. E a qualidade da distribuição é um fator muito importante para o desenvolvimento”, ressaltou.
Já na parte comercial, o chanceler defendeu um acordo que permita ao Brasil aumentar as exportações com valor adicionado, como no caso da soja. “A China faz uma escalada tarifária. Zero para a soja em grão, 5% para o farelo e 9% para o óleo. Ou seja, forçam o Brasil a vender matéria-prima. Essa é uma situação que temos de negociar”, completou o tucano.
Leia AQUI a íntegra da entrevista de José Serra ao Estadão.
*Do PSDB Nacional
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