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Pátria educadora?

Em sessão de homenagem aos professores, Izalci critica cortes bilionários no orçamento da Educação

AlPCQmi_XJoe-n6nG1_SkGfiSCKam-hTr1nyTZ_herbKUm dos autores do pedido de realização de sessão solene em homenagem ao Dia do Professor, realizada nesta segunda-feira (19), o deputado Izalci (DF) alertou para os grandes desafios do setor educacional no Brasil e criticou duramente os cortes no Orçamento do MEC.  Ao presidir a cerimônia, o tucano afirmou que a ausência de autoridades, a exemplo do ministro da Educação, mostra como o setor não é prioridade. Segundo ele, as seguidas trocas no comando do MEC também mostram como há um total desprezo pela Educação.

Para 2016, ressaltou Izalci, a “tesourada” no orçamento será de 27%. “O corte no setor é quase 30% superior ao de todos os outros ministérios”, comparou o tucano. Em 2015, a área já foi uma das áreas mais atingidas pelo contingenciamento orçamentário. Diante da perda de recursos e dos escândalos que vieram à tona nos últimos anos, o parlamentar resumiu: “Sempre soubemos que ‘Brasil, Pátria Educadora’ não passava de slogan publicitário para desviar a atenção da população da corrupção e do maior roubo da história deste país.”

NÚMEROS REVELAM TRAGÉDIA

Em seu discurso, o deputado destacou a importância dos docentes para o país, mas alertou que eles não vão fazer milagres. Como prova disso, citou uma série de dados que mostram o gigantesco desafio que persiste no setor. “O Brasil ocupa o vergonhoso 60º lugar, numa lista de 76 países, no ranking de qualidade de educação, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que avalia o conhecimento de alunos na faixa de 15 anos em matemática, leitura e ciências”, alertou.

O resultado do Enem de 2014 também “revela a tragédia”, segundo ele: 529 mil candidatos tiraram zero em redação, por exemplo. Estima-se que 15%AmEakNUa77-kRx1C7XPQy_YJLJgFzUL_FNSzDob8fkZb dos jovens brasileiros entre 15 e 24 anos sejam analfabetos funcionais, ou seja, não conseguem interpretar textos e compreendem somente operações matemáticas simples.

“Estamos mal, muito mal mesmo, mas não se pode creditar aos nossos professores essa tragédia. Ela tem a ver com o governo que temos e a pátria deseducadora que se instalou neste país”, avaliou ao citar investimento zero previsto no orçamento para o projeto “caminho da escola” e para reformas e construções de quadras de esporte nas instituições de ensino.

Para o tucano, que é professor, infelizmente os docentes são tratados com violência física e moral. Segundo ele, enquanto os países mais avançados do mundo estão trazendo os antigos mestres à sala de aula, no Brasil “estão matando aqueles que teimam em existir”. O parlamentar citou trechos de artigo da jornalista e escritora Cora Ronai que mostra o desrespeito com essa categoria no país.

“As manifestações de professores, as condições de trabalho e os salários aviltantes da categoria me preocupam e me fazem lutar por  soluções para nosso país”, declarou o tucano, que tem uma atuação histórica nessa área. Para ele, o Brasil não aguenta mais tanto roubo, desrespeito e tanto descaso com a população, práticas que acontecem em todas as áreas, mas que assusta no caso da Educação, de acordo com Izalci.

 

Fonte: PSDB na Câmara

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