PSDB – DF

Pedido de marqueteiros do PT é “inacreditável”, diz Lippi

Brasília (DF) – A defesa do casal de marqueteiros responsáveis pelas campanhas milionárias dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, João Santana e Mônica Moura, pediram ao juiz Sérgio Moro a liberação de R$ 22 milhões bloqueados pela Justiça para pagar “gastos pessoais”. Os advogados alegam que os publicitários, delatores da Operação Lava Jato, estão passando por “dificuldades financeiras” e que necessitam do dinheiro para ajudar a pagar as despesas com os processos pelos quais respondem.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (14), o casal afirmou que “não pode trabalhar e auferir renda para seus gastos pessoais e de suas famílias” e disse que a restituição é fundamental, inclusive para o pagamento de advogados.

Na avaliação do deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), o pedido feito pelos marqueteiros é “inacreditável” e deixa toda a população perplexa. “É absurdo pessoas que receberam e utilizaram recursos públicos indevidamente, além de se beneficiar com o esquema de corrupção no país, agora pedirem ajuda porque querem viver com mordomias, com a melhor condição possível, como quase nenhum brasileiro consegue viver. É indignante”, criticou.

Para o tucano, é “inaceitável” que a Justiça ceda e acate o pedido da defesa dos publicitários. Lippi afirma que as despesas milionárias do casal não refletem a vida dos trabalhadores brasileiros.

“Nós esperamos que a Justiça não dê mais esse privilégio a esses que merecem a punição. Que o Estado possa receber aquilo que eles tomaram indevidamente, de forma ilícita, desviando recursos públicos. A gente espera, portanto, que a Justiça seja justa e não conceda esses benefícios que, são absolutamente inaceitáveis”, completou.

Segundo a reportagem, Moura e Santana tiveram quase R$ 22 milhões retidos na conta denominada Shelbill, na Suíça, de propriedade do casal. A princípio, o valor bloqueado seria de R$ 28,7 milhões, mas em maio deste ano o juiz Sérgio Moro liberou a transferência de cerca de R$ 6 milhões para contas em nome dos marqueteiros.

O casal foi preso em fevereiro de 2016 na operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato. O publicitário é acusado de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior através da offshore Klienfeld, que já foi identificada pela Lava Jato como um dos caminhos de propina da empreiteira Odebrecht no exterior.

Em documento apresentado na última semana e revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a defesa dos publicitários afirma que ambos estão realizando “esforços hercúleos” para repatriar o restante da verba. A demora em realizar o processo foi destacada pelos advogados como um dos fatores para que o dinheiro seja liberado. Eles pedem que “todo o valor remanescente” na conta do exterior seja desbloqueada.

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